Proximidade da Galiza é Fctor de Competitividade
Decorridos 10 anos sobre o lançamento da primeira pedra do Parque Empresarial de Valença, a primeira fase está já concluída e em breve dois terços do parque estarão ocupados. Vítor Alves, gestor local do parque, salienta que metade da área prevista para a indústria já está ocupada. “Neste momento está a ser feito um segundo investimento para micro-empresas, com lotes de 200m2. Existe uma zona destinada para a indústria e outras para pequenos pavilhões”, afi rma o gestor. Um dos projectos mais recentes é do grupo Antolin-Irausa, uma multinacional espanhola que opera em 22 países, dedicada à fabricação de componentes automóveis. Esta empresa veio juntar-se a uma outra também do sector automóvel, a Dayco-Ensa, instalada no parque desde 2005 e que emprega actualmente cerca de 300 pessoas.
Para Vítor Alves, a instalação da multinacional, “trouxe sem dúvida alguma visibilidade. E acabou por ter um efeito balão, que foi enchendo aos poucos, porque funcionou como um chamariz para outras empresas”.
Localização e preço competitivo algumas das vantagens competitivas
O gestor local aponta a localização e o preço competitivo como sendo os principais factores de atracção do Parque Empresarial de Valença. Segundo Vítor Alves, “o sucesso das vendas deve-se ao facto do parque estar na proximidade da Galiza, uma vez que as empresas neste momento instaladas são essencialmente unidades de expansão de empresas da Galiza, e ao preço, que é realmente competitivo”.
Valença retira vantagens da proximidade ao mercado regional da Galiza, o que cada vez mais leva a que empresários espanhóis procurem as infra-estruturas existentes no Vale do Minho para a instalação das suas unidades de produção. E no que toca ao Parque Empresarial de Valença, Vítor Alves considera mesmo que “infraestruturas do parque estão ao nível das de Espanha”.
Com uma área de 90 hectares, o Parque Empresarial de Valença tem zonas específi cas destinadas a instalação de empresas industriais, de serviços administrativos, de armazéns e de oficinas.
Além destas zonas para empresas, há espaços reservados para equipamentos comuns de apoio às empresas e entidades residentes, como o Edifício Central de Serviços, a ETAR, o EcoCentro, o Centro de Protecção Civil, o posto de abastecimento de combustíveis, a zona de restauração e espaços verdes e de lazer.
Esse empreendimento é gerido pela Interminho – Sociedade Gestora de Parques Empresariais, a cargo da qual fi ca a construção, promoção, comercialização e gestão do parque.
O papel da sociedade gestora, por intermédio do gestor local, é determinante muitas vezes nos processos de licenciamento, “acompanhando as empresas em todo esse processo junto da Câmara Municipal, especialmente quando são empresas de fora do país que podem até desconhecer os regulamentos do País”, lembra o gestor do parque de Valença.
A Interminho resulta das parcerias estabelecidas entre a Associação de Municípios do Vale do Minho, a Câmara Municipal de Valença e a Parque Invest – Sociedade Promotora de Parques Empresariais.
Esta empresa, pertencente ao universo da AEP – Associação Empresarial de Portugal, é líder de mercado na gestão de parques empresariais, tendo uma rede de parques espalhada um pouco por todo o país, nomeadamente nos concelhos de Chaves, Viana do Castelo, Leiria, Viseu, Paredes, Torres Vedras, para além do já referido em Valença, que é um dos casos de maior procura.
Valença tem localização privilegiada
O Parque Empresarial de Valença está no centro da Euro-Região Norte, pelo que tira partido da interpenetração das economias regionais da Galiza e da Região Norte de Portugal, mercado aliciante de cerca de 7 milhões de consumidores.
Esta privilegiada situação geográfica é acompanhada, em termos de acessibilidades, pela proximidade ao nó da auto-estrada A3 (a 500 metros do Parque) que liga os principais centros urbanos do Norte de Portugal e Galiza. A acrescentar, a menos de uma hora de distância encontram-se três aeroportos internacionais (Porto, Vigo e Santiago de Compostela) e três portos marítimos de alta capacidade (Leixões, Viana do Castelo e Vigo).
In Jornal Público