Toda a xente da Terra de Turonio vai a Valença do Minho polo menos unha vez na vida, e hai quen o fai seguido. Para a inmensa maioranza dos galegos, Valença é apenas, no mercado de ambulantes e en comercio fixo, un inmenso azougue ou zoco no que todo pode ser comprado, antes da UE e despois da UE. Superados os tempos do Café Sical, aínda coa fronteira abolida hai quen pasa de continuo a Valença para facerse con productos téxteis e Ianifícios. Un novo visitante de Valença, de nivel social e cultural elevado, procura agora alí o cristal de Atlantis e as pezas de louza fina ou china ou porcelada de Vista Alegre, cando non a selección de viños maduros portugueses que Vigo non vende nin en grandes nin en pequenas superficies. Os espíritos cultivados de Galicia vólvense un poco entolecidos ao frecuentar a Fortaleza, convertida nun rumoroso mercado. Con todo, á noite, deixarse ir polo silecio da cidadela peneirada da memoria militar do século XVIII é un pracer de sibaritas. Algúns destes, como Quin Troncoso, pode facer a paseata a cabalo polo interior dos fosos sistema Vauban. Pro hai outras Valenças que non anuncian os cartaces municipais e que no figuran nas páxinas d´O Valenciano, ese peculiar xornal que edita o amigo Zé Maria que é propietario do restaurante do mesmo nome no que este cronista ten o gosto de probar cada ano o sable (sável, din eles) inaccesíbel na beira dereita do Miño.
Entre os encantos secretos do termo municipal de Valença do Minho está a igrexa e vestixios do convento de Sanfins (non "São Fins, ollo) de Fisterras. Este lugar e estación arqueolóxica ofrécenos unha das mostras mellores do estilo románico portugués, tan pobre e escaso de edificiacións e esculturas e pinturas (nestas, cero) de tal estilo. Cun tímpano de tema irmao da decoración da igrexa matriz de Melgaço e da de Rubiães (Paredes de Coura), o sitio merece unha visita. Pro tamén a merece o coto coroado de penedos que forman concavidades dignas dunha escenografía das Walkirias de Wagner e que é coñecido como As Furnas, freguesía de Beivão (pronunciese, á minhota, Beibón).
De As Furnas, a vista sobre o río que pastorea os ríos de Gallaecia e as montañas azuis que, no límite do perceptíbel, son a Serra de Avión, sobrecolle o ánimo do viaxeiro. Penas, pedras redondas, buracos ou furnas, fragas colosais que nos fan sentir no mundo tal como este era antes da emerxencia do Home. Ora ben, a historia existe, e non sempre para ben. Todo os cumes graníticos que rodean o Coto das Furnas de Beivão están sendo estragados por dúas, tres, dez canteiras ou pedreiras industriais que, en poucos anos, destrozaron a paisaxe a cambio duns cativos beneficios, tipo migallas varridas da toalha de mesa, para os veciños dos valdios (comunidades de montes, vexan). Ruina montium, destrucción da natureza, da Terra, da paisaxe. Convén que se saiba que as empresas graniteiras que están esfarelar a beleza do municipio de Valença do Minho son as mesmas empresas galegas que terminan cos nosos montes e que atacan xa o Galiñeiro e o Aloia en varios puntos, por falarmos só na Terra do Turonio.
por X. L. MÉNDEZ FERRÍN, in Faro de Vigo
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Bienal de Arte de Cerveira em Valença
Exposição “Instalação” na Fortaleza
A Casa Mata das Portas da Coroada, na Fortaleza, recebe até 29 de Setembro a exposição “Instalação”, de Gonzalo Sellés Lenard, no âmbito da XIV Bienal Internacional de Vilanova de Cerveira.
A “Instalação” está aberta ao público de segunda a Sábado das 14h às 19h.
A exposição consiste numa instalação de quatro filas de 6 focos de halogêneo, pendurados numa estrutura formada por quatro tubos de aço em paralelo e suspensos do tecto por arames. No chão, debaixo dos focos suspensos, uma estrutura quadrada, com plástico negro e coberta de água, permite reflexos e várias leituras curiosas. Uma instalação que conta, ainda, com acetatos pendurados à volta da estrutura.
De todos os materiais utilizados destaca-se o aço, as lampadas de halogêneo e os acetatos que integrados com o espelho de água proporcionam a leitura do movimento e do seu efeito reflector, de todos quantos se aproximam.
Para Gonzalo Lenard o grande objectivo desta obra é proporcionar leituras através da pintura com jogos de luz, “criando uma forma que envolva o espectador no acto reflexivo de observar-se a si mesmo observando”. Segundo o autor da obra “o efeito visual da instalação, perante um fictício cenário de um teatro impossível, os olhos humanos sempre são atraído pela luz, luz que nos atrai e se reflecte na água e estas com as imagens impressas, que por sua disposição, convidam a um percurso já que as imagens impressas estão distribuídas ao longo da estrutura”.
A Casa Mata das Portas da Coroada, na Fortaleza, recebe até 29 de Setembro a exposição “Instalação”, de Gonzalo Sellés Lenard, no âmbito da XIV Bienal Internacional de Vilanova de Cerveira.
A “Instalação” está aberta ao público de segunda a Sábado das 14h às 19h.
A exposição consiste numa instalação de quatro filas de 6 focos de halogêneo, pendurados numa estrutura formada por quatro tubos de aço em paralelo e suspensos do tecto por arames. No chão, debaixo dos focos suspensos, uma estrutura quadrada, com plástico negro e coberta de água, permite reflexos e várias leituras curiosas. Uma instalação que conta, ainda, com acetatos pendurados à volta da estrutura.
De todos os materiais utilizados destaca-se o aço, as lampadas de halogêneo e os acetatos que integrados com o espelho de água proporcionam a leitura do movimento e do seu efeito reflector, de todos quantos se aproximam.
Para Gonzalo Lenard o grande objectivo desta obra é proporcionar leituras através da pintura com jogos de luz, “criando uma forma que envolva o espectador no acto reflexivo de observar-se a si mesmo observando”. Segundo o autor da obra “o efeito visual da instalação, perante um fictício cenário de um teatro impossível, os olhos humanos sempre são atraído pela luz, luz que nos atrai e se reflecte na água e estas com as imagens impressas, que por sua disposição, convidam a um percurso já que as imagens impressas estão distribuídas ao longo da estrutura”.
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Bienal de Arte de Cerveira em Valença
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