sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Bombeiros de Valença poupam usando gasóleo galego

Cálculos fixam o valor amealhado em 30 mil euros por ano
A corporação de bombeiros de Valença fechou um acordo com um posto de combustíveis galego que permitirá à associação poupar cerca de 30 mil euros por ano ao abastecer as viaturas do outro lado da fronteira.

Já com o hábito estabelecido de fornecer todo o seu parque automóvel (30 viaturas) na Galiza, o que até agora rendia em média 25 mil euros de poupança anual, a corporação conseguiu negociar um contrato em que o litro do combustível lhe irá sair mais barato 0,045 euros.
"Abastecemos em Espanha e agora ainda com mais vantagem para a associação porque além do valor que encontramos nos preçários de lá, conseguimos negociar com um posto de abastecimento 0, 45 euros mais barato do que nos faziam até agora, ou seja, nove escudos na moeda entiga", declarou ao JN, Salustiano Faria, o presidente da direcção dos bombeiros de Valença, acrescentando que o acordo prevê, também, "um bónus para os nossos associados de 0,03 euros de desconto por cada vez que vão abastecer a viatura".
Actualmente, a corporação detém 30 viaturas, e todas são abastecidas em Tui, a localidade galega situada a pouco mais de um quilómetro do centro da vila de Valença. "Antes deste desconto, a poupança andava nos 25 mil euros por ano, mas com esta mudança pouparemos aí uns 30 mil", conclui Salustiano Faria.
Esta prática dos bombeiros de Valença traduz uma realidade incontornável nas zonas de fronteira: Os portugueses, particulares, empresas e instituições, são clientes assíduos dos postos de abastecimento espanhóis, devido à grande diferença de preços praticados dos dois lados do rio Minho. Além da corporação, é também sabido que, por exemplo, a Cruz Vermelha de Valença, além de dezenas de empresas do concelho se abastecem na zona de Tui.
Com as poupanças conseguidas, a fronteiriça corporação adquiriu, recentemente, uma nova viatura, que se apresenta como a "menina dos olhos" dos bombeiros valencianos: um auto-tanque da Mercedes, estimado em 168 mil euros. Segundo Salustiano Faria, é o segundo do género no país, tendo sido conseguido através de uma campanha (que rendeu perto de 120 mil euros), de apoios de emigrantes e da Autarquia local.
in Jornal de Notícias

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