Lúcia Pereira é a única vendedora do mercado
Câmara diz que concursos para lojas e bancas "terminam vazios"
Vendedora de fruta há 28 anos, Lúcia Pereira assistiu à saída dos antigos colegas do mercado municipal de Valença, sendo, hoje, a única comerciante. Câmara diz que assunto "é merecedor da maior atenção".
Iniciou a sua actividade como vendedora de fruta há 28 anos, no antigo mercado municipal de Valença. Hoje, apresenta-se como a única comerciante do espaço, há década e meia situado no bairro da Cidade Nova, no exterior das muralhas da vila. Concorrência desleal e falta de incentivos estão, para Lúcia Pereira, na origem do contínuo esvaziamento do espaço, que se vai apresentando, para muitos, mais como "depósito" (está ali depositado diverso mobiliário escolar e, mesmo, alguma sinalética de trânsito) que, verdadeiramente, o mercado do raiano concelho.
"Se não gostasse tanto disto já tinha virado as costas e ido embora. Se calhar, é o que alguns pretendem, mas não lhes vou fazer essa vontade. São muitos anos de luta e sacrifício para abandonar tudo assim, de ânimo leve", garante a comerciante, afiançando, porém, que vários foram os que optaram por deixar o imóvel público, abraçando a venda ambulante e, mesmo, partindo para outras actividades fora da esfera do comércio, a principal bandeira económica do fronteiriço concelho.
Segundo a comerciante, nos dias de feira semanal - que, em Valença, tem lugar à quarta-feira -, funcionam no mercado "uma a duas" bancas de peixe, dinamizadas por um empresário do concelho e por um Matosinhos. Fora isso, Lúcia Pereira é a única vendedora com banca montada no espaço dinamizado pela Autarquia.
Confrontado com a situação em que se encontra o mercado concelhio, o vereador do pelouro das Actividades Económicas, Joaquim Covas, considerou tratar-se de questão de "difícil resolução". Admitindo que o assunto "merece a maior atenção" por parte do Executivo, considera que a Câmara "tem tentado dinamizar o equipamento, com a instalação, no local, das lavradeiras do concelho, assim como pela criação de um parque de estacionamento, coberto". Apesar dos investimentos, refere que os últimos concursos para ocupação de lojas (situadas no exterior do prédio) e de bancas, no mercado, "têm terminado desertos, sem qualquer candidato", o que, segundo o autarca, "tem de levar a Autarquia a repensar a estratégia para o espaço, sob pena de o mercado não vir a cumprir a função para a qual foi criado".
Câmara diz que concursos para lojas e bancas "terminam vazios"
Vendedora de fruta há 28 anos, Lúcia Pereira assistiu à saída dos antigos colegas do mercado municipal de Valença, sendo, hoje, a única comerciante. Câmara diz que assunto "é merecedor da maior atenção".
Iniciou a sua actividade como vendedora de fruta há 28 anos, no antigo mercado municipal de Valença. Hoje, apresenta-se como a única comerciante do espaço, há década e meia situado no bairro da Cidade Nova, no exterior das muralhas da vila. Concorrência desleal e falta de incentivos estão, para Lúcia Pereira, na origem do contínuo esvaziamento do espaço, que se vai apresentando, para muitos, mais como "depósito" (está ali depositado diverso mobiliário escolar e, mesmo, alguma sinalética de trânsito) que, verdadeiramente, o mercado do raiano concelho.
"Se não gostasse tanto disto já tinha virado as costas e ido embora. Se calhar, é o que alguns pretendem, mas não lhes vou fazer essa vontade. São muitos anos de luta e sacrifício para abandonar tudo assim, de ânimo leve", garante a comerciante, afiançando, porém, que vários foram os que optaram por deixar o imóvel público, abraçando a venda ambulante e, mesmo, partindo para outras actividades fora da esfera do comércio, a principal bandeira económica do fronteiriço concelho.
Segundo a comerciante, nos dias de feira semanal - que, em Valença, tem lugar à quarta-feira -, funcionam no mercado "uma a duas" bancas de peixe, dinamizadas por um empresário do concelho e por um Matosinhos. Fora isso, Lúcia Pereira é a única vendedora com banca montada no espaço dinamizado pela Autarquia.
Confrontado com a situação em que se encontra o mercado concelhio, o vereador do pelouro das Actividades Económicas, Joaquim Covas, considerou tratar-se de questão de "difícil resolução". Admitindo que o assunto "merece a maior atenção" por parte do Executivo, considera que a Câmara "tem tentado dinamizar o equipamento, com a instalação, no local, das lavradeiras do concelho, assim como pela criação de um parque de estacionamento, coberto". Apesar dos investimentos, refere que os últimos concursos para ocupação de lojas (situadas no exterior do prédio) e de bancas, no mercado, "têm terminado desertos, sem qualquer candidato", o que, segundo o autarca, "tem de levar a Autarquia a repensar a estratégia para o espaço, sob pena de o mercado não vir a cumprir a função para a qual foi criado".
in Jornal de Notícias
Sem comentários:
Enviar um comentário