Durante 4 dias Valença, 26, 27, 28 e 29 de Julho, será o maior palco do Mundo. Não fique em casa traga os mais pequenos e os mais graúdos porque este é um festival para toda a família. Venha rir e esquecer por alguns momentos as preocupações do dia-a-dia. Há coisas que só Valença faz por si.
Desde tempos imemoriais que o lar é o sinal do conforto, da quietude, do bem-estar, da integração social e do sucesso. Ao contrário, a rua foi, e ainda é, infelizmente, o lugar dos marginais, dos mais pobres, daqueles que à míngua de tudo procuram uma saída. Contudo, com o evoluir dos tempos, as concepções sobre a rua foram mudando.
No início do século XX, Lenine gritava por um mundo novo e mais justo. Emily Dickinson clamava pelo direito de voto para as mulheres, outros gritavam contra a guerra, que não sabiam que seria a primeira guerra tecnológica, os restantes vociferavam contra as misérias de uma sociedade em transformação. Diversos gritos ecoavam nas ruas e era delas que saíram algumas das transformações mais profundas da história da humanidade. A rua era o palco onde todos sabiam que as suas manifestações poderiam ser ouvidas ou vistas. A rua não era, então, somente o lugar dos marginais. Até os políticos se aperceberam da sua importância quando queriam fazer passar as suas ideias. A rua transformou-se então no maior palco do mundo, onde gente carente de felicidade ou gente feliz se mostrava ao mundo.
A primeira metade do século XX foi o tempo da reabilitação da rua. Todavia tivemos que esperar pela revolução dos anos 60 para que as coisas mudassem. Depois da II Guerra Mundial, o Plano Marshall e a recuperação económica acabaram por fazer nascer uma nova geração, para a qual o dinheiro ou o sucesso profissional não eram as únicas preocupações. O seu idealismo e os seus sonhos diziam respeito também outros. A rua volta de novo a ser um lugar de expressão. O lugar daqueles que gritavam contra as injustiças, contra a guerra e reclamavam por um mundo melhor. Pela primeira vez na história do mundo, a rua deixou de ser apenas o lugar daqueles que não tinham lugar na sociedade. A Rua transformou-se num palco. Passou também a ser um cenário, onde muitos artistas talentosos conseguem expressar o que melhor sabem fazer.
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