Não há Janeiro sem Janeiras. E não há chuva nem frio que iniba as vozes de um grupo de valencianos que ao longo deste mês, cantam e encantam às portas das casas. Um grupo com cerca de 20 pessoas percorrem as 16 freguesias do concelho de Valença, uma a uma, com o mesmo espírito, este: Pelo segundo ano consecutivo, a Comissão de Festas do concelho mete mãos à obra. Além de reavivar uma tradição antiga, os fundos angariados revertem a favor de um cartaz de qualidade durante cinco dias em Agosto. Pedro Ferreira, um dos representantes da Comissão de Festas do Concelho de Valença, revela que a adesão das pessoas tem sido muito boa. O gosto pela tradição ainda é o que era. A angariação de fundos é a cereja em cima do bolo, mas, e como diz Luís Fernandes, presidente da Comissão Executiva, é preciso não deixar cair no esquecimento o Cantar das Janeiras e para isso conta com os jovens. Há hora marcada lá estão eles para percorrer mais uma freguesia de Valença. Instrumentos afinados. Concertinas, bombos, castanholas e pandeireta. Vozes femininas e masculinas. melodia antiga, mas os tempos exigem letras actuais. Por isso, nem o tema da crise não escapa aos cantadores das janeiras. E lá vai João Evangelista com a sua concertina. Gosta destas andanças. Diz-se um verdadeiro artista, porque o que interessa é: A acompanhar as notas da concertina vai Joaquim Lima, cantador com uma dupla motivação. Com voz madura e afinada está Rosa Mesquita. Já integrou um grupo folclórico durante anos, cantar faz parte da sua vida. E, por isso, é presença assidua das Janeiras, lá está como diz o fado da Maria da Fé. Muito entusiamos, força de vontade e criatividade. Nem o ponto de reportagem da Radio Vale do Minho escapou à inspiração de quem canta e toca as Janeiras. A comissão de festas do Concelho de Valença vai percorrer todas as freguesias até ao final do mês a cantar as Janeiras, como forma de reavivar uma tradição antiga e angariar dinheiro para os cinco dias de festa em Agosto. |
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Cantar as Janeiras ainda é uma tradição viva e intergeracional
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