segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Defensor Moura Não Quer Plataforma Logística em Valença

A apresentação do primeiro movimento de cidadãos constituído para o referendo popular que decidirá a integração de Viana do Castelo na futura Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima, serviu para Defensor Moura lançar duras criticas à forma como têm sido decididos investimentos para a região por parte da Administração Central. É o caso da Plataforma Logística de Valença, em que diz nunca ter sido chamado a dar a opinião. Defensor Moura diz-se preocupado com a possibilidade de que a futura comunidade sirva para acentuar este tipo de “interesses” e decisões de uma minoria.

“Se a plataforma logística é para servir o porto de Vigo [Galiza] então devia estar em Espanha. Se é para servir o porto de Viana do Castelo, devia estar mais perto. São investimentos de que discordo”, sustentou Defensor Moura, à margem parte da apresentação do movimento “Por Viana do Castelo e pelos direitos dos cidadãos das 40 Freguesias do Concelho”. Despindo, diz, a pele de presidente da Câmara e enquanto cidadão, Defensor Moura lidera o movimento que defende o “não” à integração de Viana do Castelo na comunidade a dez, por, afirma, não compreender a “estranha montagem de maiorias artificiais” da futura instituição, referindo-se aos “interesses” que a maioria dos “pequenos municípios” do distrito poderão ter para definir, por exemplo, lugares de administração nas empresas públicas. Isto porque o funcionamento da futura comunidade obedecerá ao princípio de um município, um voto, pelo que apesar de Viana do Castelo representar mais de um terço da população do distrito, teria uma representação de apenas 10% nos órgãos de gestão da comunidade. “Paradoxalmente”, diz ainda Defensor Moura, as dívidas e despesas da comunidade serão a repartir pela proporcionalidade dos eleitores de cada município. A apresentação do movimento liderado pelo cidadão Defensor Moura aconteceu no Castelo Santiago da Barra, exactamente o local onde ficará a sede da Comunidade a que Viana do Castelo recusa aderir. Moura garante que a escolha foi propositada.

in Rádio Geice

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