Nos tempos que correm as autarquia tentam fazer de tudo para poupar e prova disso foi a medida adoptada este ano pela Câmara de Valença que decidiu deixar de fornecer copos de plástico às escolas básicas e jardins-de-infância onde estão instaladas máquinas de água engarrafada. É que só em 2009 a autarquia pagou 8000 euros em água engarrafada apenas nas escolas, mas em 2010, "apenas no primeiro período", a câmara já conseguir poupar o suficiente para o resto do ano lectivo.
"Temos boa água da rede pública, mas ainda tínhamos de ir comprar garrafões e copos. Fomos alertados que grande parte destes consumos nas escolas eram para brincadeiras e por isso, mesmo mantendo esta água, quem a quer beber traz o seu copo de casa", explicou ao DN Jorge Mendes.
O autarca de Valença garante que os resultados da medida estão à vista, já que o consumo caiu a pique nos três centros escolares e cinco escolas básicas abrangidas pelo corte nos copos.
"O que poupámos neste primeiro período de aulas chega para cobrir desde já o resto da despesa. É destas pequenas coisas que se tem de fazer a poupança de todos, além da ajuda ao meio ambiente porque são centenas de copos de plástico que deixam de ir para o lixo", acrescentou o social- -democrata, que lidera a câmara desde 2009.
Mas não se fica por aqui a política de contenção, é que apenas no consumo de combustíveis, sejam gás (para aquecimento de edifícios) ou gasolina e gasóleo (aquecimento e viaturas), já está contabilizado o corte para 2011.
"Gastámos nestes dois itens cerca de 400 mil euros por ano e vamos cortar em 25%", afirmou Jorge Mendes, acrescentando ainda: "As câmaras e os cidadãos habituaram-se a ter tudo gratui- to. Se há alguma coisa para a qual esta crise nos veio alertar é que com pequenos cortes, em gastos supérfluos, podemos poupar milhões."
É que aquela câmara conta com um orçamento para 2011 de 21,3 milhões de euros, o mesmo valor de 2010 apesar dos cortes, estimados, de 700 mil euros nas transferências do Estado. Para compensar, além destes cortas, o município viu-se forçado a aumentar o preço da água e saneamento em 2010 e a avançar, em 2011, com a taxa de lixo e a criação de parques de estacionamento pagos.
in Diário de Notícias
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