O grupo espanhol Rodman, que se dedica à construção e reparação de embarcações de recreio, vai despedir, a 11 de Fevereiro, 35 dos 50 trabalhadores da sua fábrica em Valença, disse hoje fonte sindical.
Segundo Branco Viana, coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo, este "despedimento colectivo" foi justificado pela administração da empresa com a crise internacional, traduzida na quebra de mercado e consequente crescimento dos produtos em stock.
"Dizem que vêm acumulando prejuízos ao longo dos últimos dois anos e que não podem aguentar mais esta situação", acrescentou.
A Rodman está instalada na Zona Industrial de Valença há pouco mais de um ano, numa fábrica onde investiu 12 milhões de euros, com o apoio da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, e onde prometeu criar até 250 postos de trabalho.
Em inícios de 2008, a Rodman chegou a anunciar a intenção de deslocar uma parte da produção da sua unidade espanhola instalada para Valença, que assim absorveria entre 20 a 30 por cento da produção total do grupo.
Estes planos foram, no entanto, frustrados pela crise e pela quebra do mercado no sector da náutica em Espanha, que, segundo fonte da empresa, "em 2008 foi de 30 por cento e que em 2009 ainda poderá ser superior".
O grupo Rodman, com sede em Vigo, na Galiza, tem 30 anos de actividade e é líder de mercado na produção de embarcações de pesca, de náutica desportiva e militar.
De acordo com Branco Viana, há no distrito de Viana do Castelo, mais concretamente em Vila Nova de Cerveira, outros dois estaleiros ligados à construção de embarcações de recreio que "estão a experimentar sérias dificuldades", colocando em risco mais de 260 postos de trabalho.
"Já estão os dois a trabalhar apenas quatro dias por semana, face às dificuldades em escoar os stocks", referiu o sindicalista.
in RTP
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