segunda-feira, 23 de março de 2009

Gangue McDonalds: Mega-processo de 160 testemunhas chegou ao fim em Valença

Após a inquirição de 160 testemunhas referentes a 32 inquéritos de várias comarcas do Norte chegou finalmente ao fim o julgamento, em Valença, do gangue do McDonalds, acusado de dezenas de crimes, entre os quais o homicídio de um gasolineiro. Os seis alegados membros deste gangue, entre os quais dois irmãos, começaram a ser julgados em Janeiro e respondem pela alegada prática de crimes entre Junho de 2007 e o início de 2008.Actuavam fundamentalmente em restaurantes da daquela cadeia de fast-food e postos de combustíveis onde, num destes, em Valença, terão disparado dois tiros à cabeça de um funcionários, que acabaria por falecer.
O julgamento que agora chegou à fase final é considerado o mais complexo de sempre julgado em Valença, comarca onde ocorreu o crime mais grave, o homicídio. No decurso do julgamento, o Ministério Público tentou mostrar que o grupo actuava "em locais isolados" e tinha um modus operandi "altamente violento" que, no período em causa, "causou alarme social". Praticamente todos os arguidos têm antecedentes criminais, como Manuel Alberto Cunha, de 28 anos, e apontado como líder do gangue, e do seu irmão, Nelson André, quatro anos mais novo. Ambos cumpriram penas de prisão de quatro e cinco anos na Guarda, por furtos e homicídio na forma tentada. Foram libertados entre 2006 e 2007. Já na Maia, segundo a acusação, formou-se o restante grupo que passou a actuar no Verão de 2007 de "comum acordo" e com "planos gizados" para actuarem com recurso a armas de fogo, viaturas furtadas por carjacking e sempre envergando capuzes. Homicídio qualificado, homicídio na forma tentada, furto qualificado e dano com violência são os principais crimes imputados ao grupo, suspeito de mais de 30 assaltos que visaram essencialmente postos de abastecimento de combustível e restaurantes de fast-food da cadeia McDonalds na zona do Grande Porto e Vale do Sousa, bem como o roubo de automóveis pelo método de carjacking. O crime mais grave imputado a este grupo aconteceu a 19 de Agosto de 2007, em Arão, Valença. Jorge Rocha trabalhava no posto de combustíveis da Repsol há cerca de 3 anos quando foi surpreendido por um grupo de quatro indivíduos, armados e encapuzados. Durante o assalto aquele funcionário, de 25 anos, foi atingido com dois tiros na cabeça.
in Rádio Geice

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