segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Gangue do McDonalds: penas de 20 a 24 anos e meio de prisão. Tribunal Judicial de Valença confirmou as penas aplicadas anteriormente

O Tribunal Judicial de Valença confirmou penas entre os 20 e os 24 anos e meio de prisão para os quatro elementos do chamado «gangue do McDonalds» alegadamente envolvidos no homicídio de um gasolineiro, naquele concelho.
O gangue integrava ainda mais dois elementos, que foram condenados a 13 e a sete anos e seis meses de cadeia, penas mais leves resultantes do facto de o tribunal ter considerado que não participaram no homicídio.
Estas penas já tinham sido aplicadas a 27 de Abril de 2009, mas a defesa dos arguidos recorreu para a Relação, que pediu ao Tribunal de Valença um novo acórdão, com melhor fundamentação.
Contactados pela Lusa, os advogados de dois arguidos condenados a 20 anos de prisão garantiram que vão recorrer, considerando que, «no fundo, o acórdão é o mesmo, acrescentado de 20 páginas». «Não se fez qualquer prova dos crimes», afirmam.
Durante as alegações finais, os advogados de defesa tinham sido unânimes em pedir a absolvição dos arguidos, considerando que toda a acusação se baseou «em convicções» dos agentes da Polícia Judiciária (PJ) «alicerçadas em conversas informais».
«Há apenas indícios e vestígios, mas não há quaisquer provas», defenderam.
Além do homicídio, os elementos do gangue foram também condenados por cerca de três dezenas de crimes de roubo praticados um pouco por toda a região Norte, sobretudo em restaurantes da cadeia McDonalds e em postos de abastecimento de combustíveis, mas também em ourivesarias.
Foram-lhes igualmente imputados vários episódios de «carjcking» (roubo de carros com violência).
Ofensas à integridade física, dano com violência e detenção de armas ilegais foram outros dos crimes atribuídos ao gangue, que tinha «quartel-general» na zona da Maia, de onde são oriundos cinco dos seus elementos.
O crime mais grave (o homicídio do gasolineiro) ocorreu na madrugada de 19 de Agosto de 2007, num posto de abastecimento de combustível na freguesia de Arão, concelho de Valença.
O funcionário da gasolineira, com 27 anos, foi atingido com dois tiros na cabeça e morreu três dias depois no Hospital de S. João, Porto, vítima de traumatismo cerebral.
in TVI

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