Valença celebra o Feriado Municipal em 18 de Fevereiro, Dia de São Teotónio, primeiro santo português, com um amplo programa de comemorações protocolares, religiosas, culturais e populares, promovidas pelo Município e diversas entidades locais.
Durante a manhã decorrem as celebrações religiosas na freguesia de Ganfei, local de nascimento do santo.
Durante a tarde as comemorações começam junto à Estátua de São Teotónio, na Praça-Forte, com a colocação de uma coroa de flores, acto acompanhado com o Hino de Valença a cargo da Escola de Música de São Pedro da Torre. Segue-se a Sessão Solene nos Paços do Concelho, com um momento musical a cargo da Escola de Música da EB 2 e 3 de Valença e a conferência “Natureza e Ressonâncias do Círculo Ilustrado de Valença do Minho no século XVIII” pelo Professor Doutor Luís Oliveira Ramos.
As cerimónias oficiais terminam às 17h00 com a inauguração da Exposição “São Teotónio – o Primeiro Santo Português”.
Núcleo Museológico de Valença - 18 de Fevereiro a 18 de Abril
(terças a sextas: 9h às 17h / Sábados: 10h às 12 e 14h30 às 17h30 /Domingos: 14h às 17h)
Espólio de imagens, óleos sobre tela e documentos alusivos à sua biografia.
Breve Biografia de São Teotónio
São Teotónio – 1º Santo Português – O Inspirador e Protector da Nacionalidade
Para Portugal o primeiro santo, para a Cristandade o padroeiro dos cristãos escravizados, para Valença a sua figura maior, para os tempos da nacionalidade o “Homem de Deus” que deu força espiritual à fundação do país.
Nasceu em 1082 na freguesia valenciana de Ganfei e faleceu em Coimbra a 18 de Fevereiro de 1162.
Aos dez anos ficou ao cuidado do tio, D. Crescónio, bispo de Coimbra tendo-se formado em teologia e filosofia. Mais tarde vai para Viseu onde outro tio era o Prior da Sé.
Em Viseu tornou-se sacerdote e sucedeu a seu tio, como Prior da Sé, em 1112. Teotónio fez, então, a sua primeira peregrinação a Jerusalém e, ao voltar, recusou o bispado da cidade. O Prior ganhou fama e influência nas terras de Viseu, tornando-se um forte aliado do Infante e da causa da independência, em oposição a sua mãe, D. Teresa.
O espírito de peregrino guiou-o, pela segunda vez, à Terra Santa, onde pretendia ficar. Já em Coimbra foi co-fundador, junto com onze religiosos e primeiro Prior do Mosteiro, da Santa Cruz de Coimbra. A nova Ordem foi criada em 1132, sob a Regra de Santo Agostinho.
Sob a orientação de Teotónio o mosteiro de Coimbra foi foco de fé, na causa da reconquista cristã e da fundação da nacionalidade. Amigo, conselheiro e confessor do rei Afonso Henriques.
Por toda a Cristandade era admirado o seu espírito. Aos setenta anos Teotónio renunciou ao cargo de prior. Um ano depois, o papa Anastácio IV quis consagrá-lo bispo de Coimbra, mas, mais uma vez, recusou. Morreu em 18 de Fevereiro de 1162. Seu corpo repousa numa capela da igreja do mosteiro que fundou e ao lado do primeiro rei de Portugal. Um ano depois, no aniversário de sua morte, o papa Alexandre III canonizou-o.
São Teotónio tornou-se o primeiro santo português a subir ao altar, sendo celebrado pela Igreja como o reformador da vida religiosa em Portugal. É conhecido, também, como o padroeiro dos cristãos escravizados, por ter amparado, economicamente, 1000 homens, mulheres e crianças moçárabes, capturados numa incursão à Andaluzia por D. Afonso Henriques.
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