Governo não abdica da alta velocidade - secretária de Estado
A secretária dos Transportes, Ana Paula Vitorino, garantiu hoje que o Governo não abdica da alta velocidade ferroviária e rejeitou que ela seja um «custo incomportável para Portugal»
Ana Paula Vitorino falava no lançamento da primeira fase da ligação ferroviária de alta velocidade entre Porto e Vigo, que estará concluída em 2013 e deverá custar 823 milhões de euros. A governante acrescentou que a primeira fase envolve a construção de uma linha nova entre Braga e Valença, com estações em Braga e Valença. Adiantou que o projecto global, que inclui ligações ao aeroporto de Sá Carneiro, onde também haverá uma estação de passageiros, e ao terminal de carga do porto de Leixões, deve custar 1,5 mil milhões de euros. Na sessão, Ana Paula Vitorino referiu-se sete vezes às críticas feitas pelo PSD e outras personalidades - embora sem os referir directamente - rejeitando a tese de que são um custo incomportável para o país: «o Governo não abdica da alta velocidade ferroviária», declarou.Argumentou que, se as grandes obras públicas não fossem lançadas «o país seria menos competitivo na Europa», onde, até 2020, todos os países terão uma rede ferroviária de alta velocidade, além de que «haveria uma quebra grave de compromissos internacionais já assumidos com Espanha e com a União Europeia».«A construção de infra-estruturas não é lucrativa em nenhum país do mundo, mas este projecto é rentável dados os benefícios que traz ao desenvolvimento económico e nas áreas da mobilidade de pessoas, energética e ambiental», afirmou.Ana Paula Vitorino falava aos jornalistas no Teatro Circo de Braga no final de uma sessão de apresentação sobre os Efeitos económicos da melhoria da ligação ferroviária Porto-Vigo na Euroregião Norte de Portugal-Galiza.O estudo foi elaborado a pedido da CCDR-N pela Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, em cooperação com a Faculdade de Economia da Universidade do Porto.No acto participaram o presidente da CCDR-N, Carlos Lage, o presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado, empresários, autarcas e técnicos do sector.A governante referiu que os estudos para as ligações do comboio ao aeroporto Francisco Sá Carneiro e ao Porto de Leixões estão em curso, de modo a que a obra possa ser lançada a partir de 2010, para estar concluída em 2015.Afirmou que os benefícios sociais, energéticos, ambientais, e de dinâmica económica para o Norte são muito superiores aos custos, lembrando os efeitos positivos em termos de emprego e de receitas fiscais, bem como os derivados da optimização do aeroporto, do Porto de Leixões e das plataformas logísticas da Maia e de Valença. Ana Paula Vitorino defendeu que a ligação Porto-Vigo «é rentável», e terá efeitos positivos a montante, como o de diminuir para 60 minutos um percurso que hoje demora três horas e meia e o de trazer mais 20 por cento de passageiros ao aeroporto e à futura ligação Porto-Lisboa em TGV.Disse que os estudos apontam para que em 2029 o comboio para Vigo transporte 3,7 milhões de passageiros e um volume de 115 a 150 mil toneladas por ano de mercadorias.«O Norte não pode resignar-se a ter um baixo nível de acessibilidades», afirmou, apelando às forças vivas da região para que apostem na expansão do porto de Leixões, que considerou «tão importante como o aeroporto do Porto».Frisou que o projecto de alta velocidade em Portugal conseguiu obter 383 milhões de euros de fundos da União Europeia, 37 por cento dos quais são para a ligação à Galiza, sublinhando que tal montante representa 10 por cento do total disponibilizado para o TGV em toda a Europa.
Lusa / SOL
A secretária dos Transportes, Ana Paula Vitorino, garantiu hoje que o Governo não abdica da alta velocidade ferroviária e rejeitou que ela seja um «custo incomportável para Portugal»
Ana Paula Vitorino falava no lançamento da primeira fase da ligação ferroviária de alta velocidade entre Porto e Vigo, que estará concluída em 2013 e deverá custar 823 milhões de euros. A governante acrescentou que a primeira fase envolve a construção de uma linha nova entre Braga e Valença, com estações em Braga e Valença. Adiantou que o projecto global, que inclui ligações ao aeroporto de Sá Carneiro, onde também haverá uma estação de passageiros, e ao terminal de carga do porto de Leixões, deve custar 1,5 mil milhões de euros. Na sessão, Ana Paula Vitorino referiu-se sete vezes às críticas feitas pelo PSD e outras personalidades - embora sem os referir directamente - rejeitando a tese de que são um custo incomportável para o país: «o Governo não abdica da alta velocidade ferroviária», declarou.Argumentou que, se as grandes obras públicas não fossem lançadas «o país seria menos competitivo na Europa», onde, até 2020, todos os países terão uma rede ferroviária de alta velocidade, além de que «haveria uma quebra grave de compromissos internacionais já assumidos com Espanha e com a União Europeia».«A construção de infra-estruturas não é lucrativa em nenhum país do mundo, mas este projecto é rentável dados os benefícios que traz ao desenvolvimento económico e nas áreas da mobilidade de pessoas, energética e ambiental», afirmou.Ana Paula Vitorino falava aos jornalistas no Teatro Circo de Braga no final de uma sessão de apresentação sobre os Efeitos económicos da melhoria da ligação ferroviária Porto-Vigo na Euroregião Norte de Portugal-Galiza.O estudo foi elaborado a pedido da CCDR-N pela Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, em cooperação com a Faculdade de Economia da Universidade do Porto.No acto participaram o presidente da CCDR-N, Carlos Lage, o presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado, empresários, autarcas e técnicos do sector.A governante referiu que os estudos para as ligações do comboio ao aeroporto Francisco Sá Carneiro e ao Porto de Leixões estão em curso, de modo a que a obra possa ser lançada a partir de 2010, para estar concluída em 2015.Afirmou que os benefícios sociais, energéticos, ambientais, e de dinâmica económica para o Norte são muito superiores aos custos, lembrando os efeitos positivos em termos de emprego e de receitas fiscais, bem como os derivados da optimização do aeroporto, do Porto de Leixões e das plataformas logísticas da Maia e de Valença. Ana Paula Vitorino defendeu que a ligação Porto-Vigo «é rentável», e terá efeitos positivos a montante, como o de diminuir para 60 minutos um percurso que hoje demora três horas e meia e o de trazer mais 20 por cento de passageiros ao aeroporto e à futura ligação Porto-Lisboa em TGV.Disse que os estudos apontam para que em 2029 o comboio para Vigo transporte 3,7 milhões de passageiros e um volume de 115 a 150 mil toneladas por ano de mercadorias.«O Norte não pode resignar-se a ter um baixo nível de acessibilidades», afirmou, apelando às forças vivas da região para que apostem na expansão do porto de Leixões, que considerou «tão importante como o aeroporto do Porto».Frisou que o projecto de alta velocidade em Portugal conseguiu obter 383 milhões de euros de fundos da União Europeia, 37 por cento dos quais são para a ligação à Galiza, sublinhando que tal montante representa 10 por cento do total disponibilizado para o TGV em toda a Europa.
Lusa / SOL
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