A Assembleia Municipal de Valença aprovou quinta feira, por unanimidade, uma moção em que reclama o funcionamento, 24 horas por dia, das Urgências no Centro de Saúde do concelho.
A moção, aprovada em sessão extraordinária, defende, concretamente, a realização da consulta de agudos e de urgências entre as 08:00 e as 20:00, bem como a manutenção do serviço de atendimento permanente (SAP) entre as 20:00 e as 08:00, de segunda a sexta feira, e 24 horas por dia aos fins de semana e feriados.
Os deputados municipais exigem ainda que a avaliação clínica do doente e respetiva triagem seja feita no Centro de Saúde de Valença e, sendo necessário, com posterior transferência direta para o Hospital Distrital de Viana do Castelo.
Até 04 de janeiro, o Centro de Saúde de Valença teve SAP - vulgarmente conhecido por Urgências - 24 horas por dia, mas desde aí o serviço funciona apenas no período noturno, havendo uma consulta aberta no período diurno.
Segundo a comissão de utentes, a partir de 01 de abril poderá haver nova alteração, com o encerramento total das Urgências e a instituição da consulta aberta entre as 08:00 e as 24:00.
Estas alterações foram viabilizadas em agosto de 2007, através de um protocolo assinado pelo então presidente da Câmara de Valença, José Luís Serra (PS), com o Ministério da Saúde.
Nas últimas Autárquicas, a Câmara de Valença mudou do PS para o PSD.
Na moção aprovada quinta feira, a Assembleia Municipal considera que, com estas alterações, 'o serviço não respeita nem colmata as necessidades atuais e exigidas pela população', pelo que defende que continue a funcionar como funcionava até 04 de janeiro.
Na mesma sessão, foi aprovada, por maioria, com os votos contra do PS, uma outra moção que apela à Assembleia para que 'repudie' o protocolo de requalificação dos serviços do Centro de Saúde de Valença no que diz respeito à implementação da consulta aberta e encerramento dos serviços de atendimento às situações urgentes e emergentes durante as 24 horas por dia.
Essa moção solicita a 'imediata' abertura das Urgências, com a inclusão deste serviço na carta de referenciação do CODU/INEM para as situações urgentes dos casos verificados no concelho.
Para hoje, na Câmara de Valença, está marcada uma reunião entre as várias entidades envolvidas no processo, decorrendo paralelamente uma manifestação dos utentes contra as anunciadas alterações.
'Não faz qualquer sentido que um direito adquirido há tantos anos nos seja agora roubado, precisamente uns meses depois de Valença ter sido promovida a cidade', criticou Carlos Natal, porta-voz dos utentes.
in Correio do Minho
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