O Tribunal Judicial de Valença condenou hoje a penas entre os 20 e os 24 anos e meio de prisão quatro dos elementos do "gangue do McDonald's" envolvidos no homicídio de um gasolineiro, naquele concelho. Deste grupo de quatro elementos, dois foram condenados a 20 anos, outro a 24 e um quarto a 24 anos e meio de prisão. O gangue integrava ainda mais dois elementos, que foram condenados a 13 e a sete anos e seis meses de cadeia.
“Estas coisas, quando correm mal, dão nisto”, afirmou o juiz presidente, no final da leitura do acórdão, que durou mais de três horas e meia. Os seis membros deste gangue, entre os quais dois irmãos, estavam acusados da prática de mais de trinta crimes entre Junho de 2007 e início de 2008, actuando fundamentalmente em restaurantes da daquela cadeia de fast-food e postos de combustíveis. Num destes postos, em Valença, o assalto culminou com a morte a tiro de do gasolineiro Jorge Rocha. Todos tinham antecedentes criminais, o que agravou as penas, como Manuel Alberto Cunha, de 28 anos, apontado como líder do gangue, e do seu irmão, Nelson André, quatro anos mais novo. Ambos cumpriram penas de prisão, por furtos e homicídio na forma tentada e ontem foram condenados, respectivamente, a novas penas de prisão efectiva, em cúmulo jurídico, de 24 anos e meio e 24 anos. José Canhão e Tiago Carvalho, os restantes membros do grupo envolvidos no fatal assalto à gasolineira de Valença, foram condenados a 20 anos de prisão efectiva, ambos em cúmulo jurídico. “Foram todos para o que desse e viesse, calhou ser o Nélson [a disparar]. Mas se alguém tivesse que levar um tiro, levava. Infelizmente foi o que aconteceu”, apontou ainda o juiz. Nélson, apontado pelo Tribunal como autor dos dois disparos que, à queima-roupa, atingiram o gasolineiro de Valença, foi condenado ao pagamento de uma indemnização de 110 mil euros.
in Rádio Geice
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