O Governo lança esta segunda-feira, em Évora, o concurso público para a construção do primeiro troço da rede de Alta Velocidade . A ligação entre Poceirão e Caia, Espanha, é a maior da rede nacional e começa a ser construída em 2010.
O troço tem uma extensão de 167 quilómetros - aproximadamente 28% dos 600 quilómetros que a rede de AV vai ter em Portugal - e integra a linha Lisboa- Madrid. Tem um investimento estimado em 1,7 mil milhões de euros, mas, segundo avançou ao JN a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, o valor ficará abaixo daquela projecção.
De acordo com a governante, à medida que o projecto entrou numa fase de maior pormenor e foram conhecidas em detalhe as medidas de mitigação necessárias, houve "optimizações de traçado" que reduziram o montante necessário de investimento. Há dois meses, a governante já havia indicado que a estimativa de custo total da rede havia descido dos 7,7 mil milhões de euros previstos inicialmente para 7,1 mil milhões.
"As derrapagens não têm de ser um karma", afirmou a secretária de Estado ao JN, garantindo que os prazos estão a ser cumpridos. A partir de hoje, os concorrentes terão quatro meses para apresentar propostas, seguindo-se a fase de pré-selecção e negociação com os proponentes, devendo a adjudicação ocorrer dentro de um ano a ano e meio. Desta forma, as obras deverão arrancar em 2010 e estar prontas em 2013, ano em que se prevê estar operacional toda a linha Lisboa-Madrid.
Ana Paula Vitorino frisa que a concessão Poceirão-Caia assegurará uma maior conectividade entre os três principais portos do Sul (Lisboa, Setúbal e Sines) e as quatro plataformas logísticas nas regiões abrangidas (Lisboa, Poceirão, Sines e Elvas), até porque abrange uma ligação em rede convencional entre Caia e Évora.
"Évora ficará a meia hora de Lisboa, a meia hora da Estremadura espanhola e a duas horas de Madrid. Para as empresas, será um ganho de competitividade", destaca Ana Paula Vitorino, sublinhando que as zonas abrangidas conseguirão gerar mais actividade económica com o reforço da rede ferroviária.
A secretária de Estado refere que a obra, apesar de mais complexa do que a rede convencional, não implica questões problemáticas a nível de engenharia. "Terá túneis e viadutos mas não terá a complexidade de uma nova ponte ou da ligação Lisboa-Porto, que já está muito povoada", disse. As previsões do Governo apontam para que o segundo concurso a lançar na AV seja Poceirão-Lisboa, no segundo semestre deste ano (uma adjudicação que incluirá a construção da nova ponte Chelas-Barreiro e cujo investimento deverá ascender a 1,6 mil milhões de euros).
Seguem-se os troços Lisboa-Pombal e Pombal-Porto, da ligação entre Lisboa e Porto, que deverão ocorrer no primeiro semestre do próximo ano e cujo investimento conjunto previsto é de 3,8 mil milhões. A concessão Braga-Valença, da linha Porto-Vigo, com um custo estimado em 800 milhões de euros, irá a concurso no segundo semestre de 2009.
In Jornal de Notícias
O troço tem uma extensão de 167 quilómetros - aproximadamente 28% dos 600 quilómetros que a rede de AV vai ter em Portugal - e integra a linha Lisboa- Madrid. Tem um investimento estimado em 1,7 mil milhões de euros, mas, segundo avançou ao JN a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, o valor ficará abaixo daquela projecção.
De acordo com a governante, à medida que o projecto entrou numa fase de maior pormenor e foram conhecidas em detalhe as medidas de mitigação necessárias, houve "optimizações de traçado" que reduziram o montante necessário de investimento. Há dois meses, a governante já havia indicado que a estimativa de custo total da rede havia descido dos 7,7 mil milhões de euros previstos inicialmente para 7,1 mil milhões.
"As derrapagens não têm de ser um karma", afirmou a secretária de Estado ao JN, garantindo que os prazos estão a ser cumpridos. A partir de hoje, os concorrentes terão quatro meses para apresentar propostas, seguindo-se a fase de pré-selecção e negociação com os proponentes, devendo a adjudicação ocorrer dentro de um ano a ano e meio. Desta forma, as obras deverão arrancar em 2010 e estar prontas em 2013, ano em que se prevê estar operacional toda a linha Lisboa-Madrid.
Ana Paula Vitorino frisa que a concessão Poceirão-Caia assegurará uma maior conectividade entre os três principais portos do Sul (Lisboa, Setúbal e Sines) e as quatro plataformas logísticas nas regiões abrangidas (Lisboa, Poceirão, Sines e Elvas), até porque abrange uma ligação em rede convencional entre Caia e Évora.
"Évora ficará a meia hora de Lisboa, a meia hora da Estremadura espanhola e a duas horas de Madrid. Para as empresas, será um ganho de competitividade", destaca Ana Paula Vitorino, sublinhando que as zonas abrangidas conseguirão gerar mais actividade económica com o reforço da rede ferroviária.
A secretária de Estado refere que a obra, apesar de mais complexa do que a rede convencional, não implica questões problemáticas a nível de engenharia. "Terá túneis e viadutos mas não terá a complexidade de uma nova ponte ou da ligação Lisboa-Porto, que já está muito povoada", disse. As previsões do Governo apontam para que o segundo concurso a lançar na AV seja Poceirão-Lisboa, no segundo semestre deste ano (uma adjudicação que incluirá a construção da nova ponte Chelas-Barreiro e cujo investimento deverá ascender a 1,6 mil milhões de euros).
Seguem-se os troços Lisboa-Pombal e Pombal-Porto, da ligação entre Lisboa e Porto, que deverão ocorrer no primeiro semestre do próximo ano e cujo investimento conjunto previsto é de 3,8 mil milhões. A concessão Braga-Valença, da linha Porto-Vigo, com um custo estimado em 800 milhões de euros, irá a concurso no segundo semestre de 2009.
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