O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), Carlos Lage, afirmou hoje estar confiante na conclusão da linha de alta velocidade entre Porto e Valença em 2013, recordando que foi um compromisso assumido pelo primeiro-ministro.
"Não estou preocupado com eventuais atrasos. O primeiro-ministro assumiu a ligação Porto/Vigo como um projecto prioritário, pelo que não tenho dúvidas (quanto ao cumprimento dos prazos previstos)", afirmou Carlos Lage.
O presidente da CCDREN frisou que "seria muito desagradável, para não dizer pior, que o comboio de alta velocidade (espanhol) chegasse à fronteira em 2013 e nós não estivéssemos em condições de o acolher do lado português".
Por outro lado, considerou ser "absolutamente evidente que, tendo o governo decidido fazer a articulação com a rede de alta velocidade espanhola a sul, não pode deixar de o fazer também a norte".
Carlos Lage falava aos jornalistas durante a apresentação de um estudo sobre os efeitos económicos da melhoria da ligação ferroviária entre Porto e Vigo, que defende como melhor solução a "construção de uma linha nova, em bitola europeia, entre Valença e o Aeroporto Sá Carneiro".
A linha tem um custo estimado de 1,5 mil milhões de euros, dos quais 845 milhões para o troço entre Valença e Braga e 635 milhões para a ligação entre Braga e o Aeroporto Sá Carneiro, no Porto.
O estudo, que prevê estações em Valença, Braga e no Aeroporto Sá Carneiro, além de um interface de mercadorias que permita a ligação à rede ferroviária convencional no eixo Braga/Nine, baseia-se na premissa de que a linha de alta velocidade entre o Porto e Lisboa terminará no aeroporto.
"Existe um forte crescimento do número de passageiros galegos que utilizam este aeroporto, que foram 400 mil no ano passado", salientou Cadima Ribeiro, um dos autores do trabalho, para justificar esta opção.
O estudo, do Núcleo de Investigação em Políticas Económicas da Universidade do Minho e da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, indica que a construção desta linha permitirá gerar 615 milhões de euros em benefícios sociais agregados.
Só na fase de construção, estima-se que permita um incremento de cinco mil milhões de euros na economia nacional e crie vinte mil empregos directos e indirectos.
Carlos Lage recordou o "importante" papel que a CCDRN desempenhou na opção pela ligação ferroviária de alta velocidade entre Porto e Vigo, frisando que foi a colaboração com o governo da Galiza que "permitiu ressuscitar um projecto que estava morto".
Apesar de considerar que a "solução ideal" é a construção de uma linha totalmente nova, o estudo encomendado pela CCDRN admite uma "solução parcial", que prevê a construção de linha nova entre Valença e Braga e o aproveitamento da actual ligação ferroviária entre Braga e Porto.
"Esta solução é mais suave do ponto de vista do financiamento", admitiu Carlos Lage, acrescentando, no entanto, que "não será a solução mais equilibrada" em termos de exploração.
O estudo hoje apresentado publicamente já foi enviado ao Ministério das Obras Públicas e Carlos Lage assegurou que vai defender a construção de uma linha totalmente nova.
"É preciso ser realista, mas todos os esforços devem ser feitos para que se opte pela solução de construç��o integral de uma nova linha", afirmou.
De qualquer forma, para o presidente da CCDRN, "o que é preciso é que a linha arranque", alertando que "se continuarmos a reflectir corremos o risco de ver o projecto sucessivamente adiado".
"A definição do traçado Braga/Valença está feita, é preciso fazer o estudo de impacte ambiental e lançar o concurso para que a obra possa ser adjudicada em finais de 2009", defendeu.
in FR. Lusa/fim
"Não estou preocupado com eventuais atrasos. O primeiro-ministro assumiu a ligação Porto/Vigo como um projecto prioritário, pelo que não tenho dúvidas (quanto ao cumprimento dos prazos previstos)", afirmou Carlos Lage.
O presidente da CCDREN frisou que "seria muito desagradável, para não dizer pior, que o comboio de alta velocidade (espanhol) chegasse à fronteira em 2013 e nós não estivéssemos em condições de o acolher do lado português".
Por outro lado, considerou ser "absolutamente evidente que, tendo o governo decidido fazer a articulação com a rede de alta velocidade espanhola a sul, não pode deixar de o fazer também a norte".
Carlos Lage falava aos jornalistas durante a apresentação de um estudo sobre os efeitos económicos da melhoria da ligação ferroviária entre Porto e Vigo, que defende como melhor solução a "construção de uma linha nova, em bitola europeia, entre Valença e o Aeroporto Sá Carneiro".
A linha tem um custo estimado de 1,5 mil milhões de euros, dos quais 845 milhões para o troço entre Valença e Braga e 635 milhões para a ligação entre Braga e o Aeroporto Sá Carneiro, no Porto.
O estudo, que prevê estações em Valença, Braga e no Aeroporto Sá Carneiro, além de um interface de mercadorias que permita a ligação à rede ferroviária convencional no eixo Braga/Nine, baseia-se na premissa de que a linha de alta velocidade entre o Porto e Lisboa terminará no aeroporto.
"Existe um forte crescimento do número de passageiros galegos que utilizam este aeroporto, que foram 400 mil no ano passado", salientou Cadima Ribeiro, um dos autores do trabalho, para justificar esta opção.
O estudo, do Núcleo de Investigação em Políticas Económicas da Universidade do Minho e da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, indica que a construção desta linha permitirá gerar 615 milhões de euros em benefícios sociais agregados.
Só na fase de construção, estima-se que permita um incremento de cinco mil milhões de euros na economia nacional e crie vinte mil empregos directos e indirectos.
Carlos Lage recordou o "importante" papel que a CCDRN desempenhou na opção pela ligação ferroviária de alta velocidade entre Porto e Vigo, frisando que foi a colaboração com o governo da Galiza que "permitiu ressuscitar um projecto que estava morto".
Apesar de considerar que a "solução ideal" é a construção de uma linha totalmente nova, o estudo encomendado pela CCDRN admite uma "solução parcial", que prevê a construção de linha nova entre Valença e Braga e o aproveitamento da actual ligação ferroviária entre Braga e Porto.
"Esta solução é mais suave do ponto de vista do financiamento", admitiu Carlos Lage, acrescentando, no entanto, que "não será a solução mais equilibrada" em termos de exploração.
O estudo hoje apresentado publicamente já foi enviado ao Ministério das Obras Públicas e Carlos Lage assegurou que vai defender a construção de uma linha totalmente nova.
"É preciso ser realista, mas todos os esforços devem ser feitos para que se opte pela solução de construç��o integral de uma nova linha", afirmou.
De qualquer forma, para o presidente da CCDRN, "o que é preciso é que a linha arranque", alertando que "se continuarmos a reflectir corremos o risco de ver o projecto sucessivamente adiado".
"A definição do traçado Braga/Valença está feita, é preciso fazer o estudo de impacte ambiental e lançar o concurso para que a obra possa ser adjudicada em finais de 2009", defendeu.
in FR. Lusa/fim
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