Duzentos alunos de Valença faltaram hoje faltaram às aulas na sequência do surto de gripe A no concelho, o que significa uma descida de 50 por cento em relação a segunda-feira, informou o delegado de Saúde local. Amílcar Lousa disse que esta descida indica que, "pelo menos aparentemente, o surto gripal está a estabilizar" no concelho. Na segunda-feira, no conjunto das 15 escolas do concelho de Valença, faltaram às aulas 400 alunos e na terça-feira 300.
Segundo as autoridades de saúde, "mais de 300" alunos foram infectados com gripe A, mas também houve muitos que não foram às aulas por decisão dos pais, que os decidiram manter em casa com medo que também fossem contagiados. Hoje, não foi registado, nas Urgências do Centro de Saúde de Valença, qualquer caso de aluno infectado, mas houve oito adultos que ali recorreram com sintomas gripais. O surto gripal em Valença levou à antecipação do plano de vacinação, tendo já sido vacinadas perto de 30 grávidas e 65 por cento dos profissionais do Centro de Saúde local, entre médicos, enfermeiros e pessoal administrativo e auxiliar. A farmácia mais central da cidade de Valença não vendeu, nos últimos dias, uma única embalagem de Tamiflu, apesar do surto de gripe A registado no concelho, que terá infectado mais de 300 pessoas. "Não chegou cá uma única pessoa com receita de Tamiflu", disse Ivone Pinto, directora-técnica adjunta da Farmácia do Jardim, situada no centro de Valença. Segundo esta responsável, o que se registou foi uma "subida abismal" na venda de Ben-u-ron e de Brufen, além de termómetros. "Nestes produtos, temos estado sempre a renovar o stock, porque têm tido uma procura inusitada, mas quanto ao Tamiflu está ali guardadinho, completamente intacto", acrescentou. O Tamiflu só é vendido mediante apresentação de receita médica. Segundo Ivone Pinto, o facto de os médicos terem preterido o Tamiflu no tratamento dos infectados pela Gripe A em Valença confirma que os casos ali registados "foram simples". "Se tivesse havido algum caso grave, certamente seria receitado Tamiflu", referiu. As autoridades de saúde pública do Alto Minho sempre garantiram que não há no concelho de Valença "qualquer caso grave" entre os infectados com o vírus H1N1. A mesma responsável disse ainda que, "curiosamente", a procura de Tamiflu nas farmácias portuguesas por parte dos galegos, que conheceu um "pico" em Setembro, actualmente já não se regista. O governo de Madrid retirou o Tamiflu do mercado, passando a distribuição deste antiviral a ser feita apenas por hospitais e centros de saúde, o que levou muitos espanhóis das zonas de fronteira a procurar aquele medicamento em Portugal.
in Rádio Geice
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