terça-feira, 8 de junho de 2010

Galiza deu auto-escada para agradecer a ajuda


Bombeiros de Valença contabilizam agradecimentos e louvores de entidades portuguesas e galegas. Apesar da linha de fronteira há séculos traçada entre os países ibéricos, tal nunca serviu de limite à intervenção dos voluntários de Valença, que há muito contabilizam agradecimentos e louvores atribuídos dos dois lados do rio Minho.
Para o actual comandante, Veiga Rodrigues (filho de antigo responsável pela associação humanitária), a fronteira "nunca existiu".
"Os maiores incêndios que a corporação - constituída nos princípios do século passado - encontrou foram, na esmagadora maioria das vezes, em solo espanhol, onde sempre fomos muito bem recebidos", sentencia o responsável, enumerando intervenções várias, ocorridas do lado de lá da fronteira, em que tomaram parte os voluntários de Valença.
Porém, seriam os sinistros ocorridos no concelho, com relevo para um incêndio verificado em 1919 em pleno Centro Histórico - sinistro esse que custaria a vida a uma pessoa com deficiência-, que levariam à constituição da associação, estrutura cuja criação vinha, há muito, sendo acarinhada.
Apoio de oficiais
No ano seguinte e com o apoio de oficiais das Forças Armadas ali colocados, Valença assistiria à eleição da primeira Direcção dos voluntários, que por casa tiveram o antigo edifício dos CTT, junto ao tribunal.
Dali transitariam, depois, para o imóvel onde hoje se encontra o Museu do Bombeiro da cidade (em pleno casco histórico) e, daí, para as actuais instalações, em 1988.
Durante esse tempo, os voluntários viram ser por todos reconhecido o esforço levado a cabo nos dois lados da fronteira, sendo disso prova a atribuição, pela Galiza, de uma auto-escada, assim como a homenagem da corporação ao prémio Nobel espanhol Camilo José Cela, sócio honorário dos Bombeiros de Valença. Aludindo ao futuro, Veiga Rodrigues é peremptório ao assinalar que "o maior desafio" que a corporação tem é o de chegar aos 120 elementos, cifra superior ao dobro dos elementos do actual corpo activo, que conta 54 bombeiros.
Obras no quartel
"É essa a única forma que temos para que possamos dar um passo em frente, passo este que se apresenta mais do que necessário para esta corporação", assegurou.
Recursos humanos à parte, o responsável defendeu, ainda, a realização de obras de valorização do quartel, nomeadamente, nos vestiários e balneários, espaços que, acentuou, "além da infiltração e humidade que apresentam, não dispõem do mínimo de operacionalidade, o que é preciso corrigir".
in JN

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