terça-feira, 12 de outubro de 2010

150 mil portugueses vão às compras na Galiza


Atravessam todos os meses aponte de Valença para fazer compras
Combustível, compras, tabaco, lotaria e trabalho são os principais motivos que levam os portugueses a atravessar, aos milhares, a fronteira para Espanha, em Valença, todos os dias. Há uma média de 150 mil automóveis por mês a passar para o outro lado.
Os dados foram fornecidos ao Jornal de Notícias por uma equipa de uma empresa contratada pelo Ministério do Turismo espanhol, que, por estes dias, mandava parar viaturas com matrícula portuguesa, com a ajuda de agentes policiais, na ponte internacional sobre o rio Minho em Valença, para a realização de entrevistas.
Com estas acções, que tiveram início em Julho de 2009 e deverão estender-se, pelo menos, até Maio de 2011, procura-se, por um lado efectuar a contagem de veículos lusos e por outro aferir para onde e ao que vão os portugueses que circulam no sentido Portugal-Espanha.
Estudo
Maria José Martinez, membro da equipa que está no terreno, explica que "os destinatários do estudo são neste momento portugueses que entram em Espanha e as perguntas que são colocadas são a que localidade se dirigem, se vão ficar a dormir, se vão às compras ou a abastecer combustíveis...". "Evidentemente que a maioria, uma grande maioria, vai à gasolina e fazer compras. Depois há os que vão comprar tabaco, a "echar la quiniela" (lotaria), por incrível que pareça há muitos a fazê-lo, e também há muitos que vão por motivos de trabalho" refere, revelando alguns dados estatísticos.
Sete mil ao fim-de-semana
"Há sempre muitos portugueses a passar. Em média passam num dia de semana normal uns 3500 a quarto mil, e aos fins-de-semana já tem chegado aos sete mil automóveis. À semana incluem-se os camiões, mas na realidade ao fim-de-semana aí uns 90 por cento são turistas".
Feitas as contas, com sete mil a atravessar a fronteira aos Sábados e Domingos e uma media de quarto mil em dias úteis, o número de portugueses que se desloca a Espanha num mês pode chegar muito perto dos 150 mil.
Segundo Maria José Martinez, este estudo sobre o movimento de portugueses na fronteira é efectuado em dias alternados, tanto à semana como aos fins-de-semana, durante "sete a oito horas". "Em oito horas, estamos três horas a parar carros e as restantes a contá-los", explica.
in jornal de Notícias

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