Autarcas e dirigentes locais das zonas raianas elogiaram o acordo hoje celebrado pelos Governos espanhol e português para parcerias transfronteiriças na área da saúde, esperando que esta decisão melhore a qualidade do serviço prestado.
Os governos de Portugal e Espanha assinaram hoje, em Zamora, um acordo-quadro de cooperação sanitária transfronteiriça, para facilitar o acesso das populações fronteiriças a equipamentos de saúde dos dois lados da fronteira.
Os dois países vão agora acordar vários protocolos onde ficarão definidos os critérios com que será prestada assistência médica nas regiões transfronteiriças aos residentes ou a quem se encontre na região, assim como as condições de mobilidade de profissionais.
Para o presidente da Câmara de Valença, este acordo poderá constituir "um passo de gigante" na melhoria da assistência às populações, desde que o acesso seja livre e financiado pelo Serviço Nacional de Saúde.
José Luís Serra (PS) lembrou que Valença fica a "15 ou 20 minutos" dos quatro hospitais de Vigo, na Galiza, Espanha, enquanto que, para chegar Viana do Castelo, "são precisos nunca menos de 40 ou 50 minutos".
"Se actualmente já há muita gente desta zona de fronteira a recorrer aos serviços de saúde da Galiza, mesmo pagando do seu bolso, imagine o que não será se o acesso for livre e financiado pelo Estado", acrescentou.
Para José Luís Serra, este acordo prova que os autarcas do Vale do Minho "tinham razão" quando reclamaram a construção de um hospital transfronteiriço na região. Mas ", infelizmente, o anterior ministro da Saúde [Correia de Campos], achou que não era necessário". (...)
in Lusa
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