sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Vereador e líder empresarial de Valença recorre há mais de dez anos aos hospitais da Galiza

O presidente da União Empresarial do Vale do Minho e vereador na Câmara de Valença, Joaquim Covas, garantiu hoje que toda a sua família "trata da saúde" na Galiza, Espanha, há mais de dez anos.

"Só em Vigo, a 15 ou 20 minutos de Valença, tenho quatro hospitais com todas as condições, com uma oferta de serviços o mais diversificada possível e onde o atendimento é praticamente imediato", explicou à Lusa Joaquim Covas. "Há mais de dez anos que eu, a minha mulher e os meus dois filhos tratamos da saúde em Espanha", acrescentou. 

Joaquim Covas e família têm um seguro de saúde espanhol, que lhes permite serem atendidos "em qualquer ponto de Espanha e a qualquer hora, e com uma prontidão espantosa". "Mesmo na noite de Reis, que em Espanha equivale à nossa noite de Natal, tive necessidade de recorrer de urgência a uma unidade hospitalar na Galiza e fui atendido de imediato", referiu.

Disse ainda que em Vigo há hospitais com unidades de referência a nível de toda a Espanha em valências como queimados ou traumatologia. "Em Portugal, corro o risco de andar a saltar de hospital em hospital, de Viana para Braga ou para o Porto, por falta de determinadas valências. Em Vigo, a um quarto de hora de casa, tenho tudo o que é preciso", afirmou. 

Os governos de Portugal e Espanha assinaram hoje, em Zamora, um acordo-quadro de cooperação sanitária transfronteiriça, que visa um acesso facilitado das populações fronteiriças a equipamentos de saúde dos dois lados da fronteira. Paralelamente à assinatura deste acordo, na 24ª Cimeira Ibérica realizada naquela cidade espanhola, foi subscrito um acordo administrativo entre os ministérios da Saúde dos dois países tendo em vista a aplicação imediata daquele protocolo. O acordo-quadro estipula "um melhor acesso a um atendimento clínico de qualidade para as populações da zona fronteiriça", "a continuidade da assistência clínica para as referidas populações", a optimização da "organização da oferta de atendimento clínico, facilitando a utilização ou a repartição dos recursos humanos e materiais" e a promoção da "complementaridade dos conhecimentos e práticas". "É uma excelente notícia", referiu Joaquim Covas, garantindo que tem alguns familiares que actualmente, mesmo não dispondo de qualquer seguro de saúde, já recorrem a unidades hospitalares da Galiza. "Se o acesso a hospitais de Espanha passar a ser livre e comparticipado pelo Estado, é claro que este fluxo vai aumentar", rematou. 

in Lusa

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