quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Nó da Auto-Estrada de Valença - Acessos Vila Nova de Cerveira

O presidente da Câmara de Valença, Jorge Mendes, considera "inaceitável" a resposta dada pela Infraestruturas de Portugal (IP) sobre o encerramento do ramo de saída da A3 para a EN 13, sentido Valença/Porto. Recorde-se que, em comunicado enviado à Rádio Vale do Minho, a empresa justificou o fecho, em junho deste ano, "como medida cautelar, face a patologias detetadas numa Passagem Hidráulica". No mesmo documento, a IP refere ainda que "a obra de reparação encontra-se em fase de contratualização e a reabertura do ramo à circulação automóvel, deverá ocorrer até final do corrente ano de 2016".
A explicação não convence Jorge Mendes que se mostrou visivelmente inconformado. "Quando nos dizem que tem uma patologia, isso é uma doença e ela está visível há algum tempo. Em três meses, num estação seca e sem águas na zona tiveram mais do que tempo para fazer a obra. Agora que vamos entrar no Inverno é que vão resolver aquela obra?", questiona. "Para uma área como aquela, três meses é tempo de sobra! Ai de nós se fosse a Câmara! Se nós estivéssemos seis meses para resolver um problema numa estrada, as populações penduravam-nos! Entre uma semana a um mês tem de estar resolvido", disparou o edil valenciano.
Conforme noticiou a Rádio Vale do Minho, esta situação tem sido uma dor de cabeça sobretudo para camionistas que tentam aceder aos parques industriais da zona. "É inacreditável! Locais com afluência superior, como em Figueira da Foz ou na Maia, tiveram problemas idênticos (ou até mais graves) e a solução foi imediata. Não acredito que uma passagem hidráulica com dois metros de diâmetro provoque o corte de uma estrada durante três meses e nos obrigue a esperar mais três. Essa resposta não é aceitável, sobretudo para os cidadãos que circulam nesta estrada, em especial para o setor industrial", reiterou Jorge Mendes.
O tempo vai passando e, contou o presidente da Câmara, os reflexos deste encerramento já se fazem sentir na cidade. "O centro urbano de Valença começa também a ter um trânsito que não é aceitável. Quem vem de Monção e Melgaço já sabe dos constrangimentos na auto-estrada e vem por dentro. Temos tido acidentes com uma frequência que não é aceitável! Esta semana foi todos os dias! Claro que não houve vítimas mas é sempre desagradável", lamentou.
A Câmara de Valença promete, por isso, não baixar os braços. Jorge Mendes garantiu à Rádio Vale do Minho que a pressão sobre a IP vai continuar, até porque "quem passa ali não percebe o que se passa. Não há atividade nenhuma! A estrada está cortada há três meses e não há nada que diga o que estão a fazer".
in Rádio Vale do Minho

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