O revelim da Coroada defende o acesso sul da fortaleza. É uma caraterística estrutura em triângulo, em alvenaria irregular de granito, reforçada nos vértices por cantaria esquadrada também de granito, localizada em posição central entre os baluartes de São Jerónimo e de Santa Bárbara, em frente à porta principal dorecinto.
Rodeado por fosso, as faces elevam-se em escarpa rampante, com ressalto inferior, rematando em friso de meia-cana sobre o qual se eleva o parapeito, em alvenaria de tijolo, no qual se rasgam 8 canhoneiras em alvenaria de granito. No ângulo central, sobre mísula saliente, levanta-se uma guarita prismática de planta hexagonal, com cobertura abobadada rematada no topo por pináculo bolbiforme, toda em cantaria granítica bem esquadrada.
A porta, chamada então Porta da Fonte, abre-se na face sudoeste e é acedida por ponte dormente que faz a travessia do fosso. É uma porta em arco de volta perfeita, enquadrada por uma edícula de aparato de caraterístico traço neoclássico, armoriada com as armas reais e dos Ataídes, estas provavelmente correspondentes ao brasão de D. Manuel de Azevedo Ataíde, Governador de Armas da Província do Minho nos inícios do século XVIII (Freitas, 1964; Castro, 2013).
Originalmente a ponte dormente não fazia a ligação direta, sendo servida no tramo final por uma ponte levadiça, levantada com correntes que se fixavam interiormente em rasgos de contrafortes laterais. O túnel abobadado de um só tramo que fazia a passagem interior era encerrado em cada topo com grossas portas de duas folhas verticais.
No lado poente incorpora uma casamata igualmente abobadada, com 8 frestas que fazem a cobertura interior do túnel. O acesso à plataforma superior das canhoneiras faz-se por duas rampas opostas que desenham a gola do revelim.
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