O presidente da Câmara de Valença mostra-se bastante satisfeito com as notícias vindas a público sobre o crescimento da indústria de componentes para automóveis. O êxito ultrapassou fronteiras e o jornal "La Voz de Galicia" foi o último periódico fora do território luso a dar conta desse facto. "É o reconhecimento do trabalho que temos vindo a realizar nos últimos anos. Não nos podemos esquecer que trabalhámos arduamente para ter um plano de urbanização da área empresarial sul que possibilitasse ter uma reserva de terreno industrial de 850 ha. Não nos podemos esquecer também que ampliámos o nosso plano de pormenor da Zona Industrial de Gandra", recordou à Rádio Vale do Minho o presidente da Câmara, Jorge Mendes. "Em tempo de 'vacas magras', mesmo quando a Câmara tinha muitas dificuldades financeiras nós preparámos o caminho. Tivemos de tomar opções e fizemos investimentos nestas áreas. Hoje estamos a colher os frutos e Valença é a primeira prioridade de investimento da indústrias espanholas da área do setor automóvel e da metalomecânica", disse.
O Parque Empresarial de Valença e a Zona Industrial de São Pedro da Torre, recorde-se, têm garantidos investimentos superiores a 30 milhões de euros, nos próximos dois anos, em novas fábricas e na ampliação de unidades industriais existentes.
O mais recente anúncio de investimento é da empresa Antolin que vai reforçar a capacidade instalada com a construção de nova unidade industrial com uma área de 15.000 m2. A par deste investimento surge a nova unidade da Marsan. Estas duas unidades serão complementares e permitirão a implementação de produção em cadeia, dos dois fabricantes, com a primeira experiência do sector no Norte de Portugal e Galiza.
"Muitas vezes as pessoas não percebem porque é que se investe numa coisa que não está a dar frutos de imediato. Neste caso foi preciso manter a visão estratégica que sempre tivemos", contou o autarca valenciano. Com um Parque Industrial praticamente esgotado, Jorge Mendes sublinhou que não se preocupa apenas com Valença mas sim com todo o Alto Minho. "O que interessa é que os investimentos venham para a região. Creio que Valença fez o seu trabalho e está a colher os frutos mas os outros municípios também".
Curiosamente, este tipo de notícias também acaba por ter um lado preocupante para o presidente da Câmara. "Sempre que sai este tipo de notícias, sei que a Junta da Galiza pressiona as empresas galegas para não virem. Para se manterem lá. Por isso é que eu nunca digo o nome das empresas antes delas começarem a trabalhar ou, pelo menos, a construir as naves", explicou o edil.
No sentido de potenciar a atratividade do Parque Empresarial de Valença a autarquia pretende avançar, em breve, com a construção de uma via rápida de ligação entre os complexos industriais e a EN 13. Uma nova via que facultará o acesso aos transportes de mercadorias e colocará o parque a 3 minutos das ligações por auto-estrada a Braga / Porto e à Galiza.
Rádio do Vale do Minho
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