Com apenas 20 anos o cerdalense Nuno Martins destaca-se no mundo do downhill. No passado dia 25 de Setembro sagrou-se campeão na categoria promoção na VI Taça de Portugal que decorreu na ilha da Madeira. Um sucesso que enaltece a dedicação e o esforço do jovem valenciano à modalidade.
Uma prática desportiva cujo objetivo consiste em percorrer um determinado percurso de montanha no menor tempo possível. Quedas, arranhões, nódoas negras e outras consequências formam parte da vida destes atletas de competição. Nuno Martins minimiza os riscos que um atleta da modalidade enfrenta e revela que até ao dia de hoje não teve nenhum acidente grave “apenas parti alguns dedos de uma mão”.
A jovem estrela do downhill concilia a vida profissional como operário fabril com a paixão que nutre pela bicicleta. A preparação física do Nuno é criada pelo próprio. Faz treinos semanais regulares em cima da bicicleta em diversos terrenos de montanha e passa várias horas no ginásio a praticar exercício físico.
Minho Digital (MD) - Nuno, com que idade começou a praticar downhill? Como aparece o gosto por esta modalidade das bicicletas?
Nuno Martins (NM) - Comecei a praticar downhill cerca dos 9 anos, mais ao menos. Comecei a gostar essencialmente deste desporto pelo convívio que se tem com os amigos.
MD – Teve alguém que o incentivasse a desenvolver esta modalidade de mountain bike?
NM – Sim, com certeza. Foram amigos meus principalmente quem me cativaram e ensinaram a praticar downhill.
MD – O que sente o Nuno quando está em cima da sua bicicleta a percorrer os trilhos da montanha e as ruas da cidade?
NM – Praticar Downhill é algo incrível! A maioria das pessoas não faz ideia da adrenalina que se pode ter em cima de uma bicicleta. É algo difícil de descrever por palavras! Só mesmo quem pratica é que sente o risco a que está exposto!
MD – Quantas vezes costuma treinar à semana? Quanto tempo dedica a cada um dos treinos? Onde treina habitualmente?
NM - Treino três vezes por semana. Costumo intercalar treinos práticos no terreno com treino físico no ginásio. Tento variar um pouco quanto à escolha do terreno dos treinos práticos, às vezes é na minha pista em Cerdal e outra vezes em Tui ou em Vigo.
MD – Que acessórios tem de usar um praticante de downhill? São peças para que valores?
NM – Um desportista de downhill tem de usar várias peças essenciais para a modalidade como por exemplo o capacete, os óculos, as joalheiras, as cotoveleiras, o colete e as luvas. São acessórios que podem oscilar dos 50 aos 500 euros.
MD – Recentemente logrou atingir o 1º lugar na VI Taça de Portugal na categoria promoção que decorreu na Madeira. Acreditava trazer como resultado a vitória?
NM – O meu grande objetivo era mesmo ganhar nesta categoria. Sempre disse aos meus amigos “vou lá para ganhar”. Caso contrário não valeria o esforço que fiz para puder lá ir competir.
MD –Quantos adversários competiram na sua categoria? Como se adaptou ao terreno? Sentiu algumas dificuldades?
NM – Na minha categoria eramos 12 atletas. A pista da prova era bastante técnica e física, tinha um pouco de tudo. Adorei o itinerário sobretudo na parte final da pista que era constituída só por raízes de árvores!
MD – O Nuno, como qualquer praticante da modalidade, já deve ter sofrido algumas quedas. Qual foi a situação mais aparatosa ou mais grave que já lhe aconteceu?
NM – Felizmente nunca tive nenhuma queda muito grave, mas já cheguei a partir alguns dedos da mão.
MD – Recebe apoios da autarquia valenciana ou de empresas do concelho para continuar a desenvolver o downhill? Na sua participação na prova que decorreu na Madeira, teve ajudas para a deslocação e estadia?
NM – Sim, recebi um enorme apoio para puder participar na prova na Madeira. Agradeço à Câmara Municipal de Valença pelo transporte cedido até ao aeroporto e aos restantes patrocinadores que tornaram isto possível. Komunicamos soluções gráficas, Vidrotorre, Rotary Club de Valença, MountainOxigenBikes, Nova Onda Cabeleireiros, Soldalu, Somad, Auto Dani, Movéis Sarafim, J,leitesPneus, FITNESSXXI, Materias Construção Fontoura, Caldas e Ribeiro, Casa Agricula Valença, Fronteira, Fonte d´Ouro, Auto das Cerejas, Alcance Quotidiano Construções e Pinturas, Estação 1882, Auto CRC, Dimacer, Luciter, Euronics Cerdal, The Circus, Preço Justo, café “O ROQUE”, Aquario Restaurante, Vestidos & Companhia, DP Auto, Marcio Car, Restaurante Prata do Minho, ECAM, BBCar, PneuCerto, Restaurante o Neves, TZERO, Clínica Veterinária D.Lino, Auto Rubencar e Lido. Obrigada a todos mais uma vez pelo apoio. Sem vocês não seria possível.
MD – Este ano a época desportiva terminou. Como será 2017? Já tem patrocinadores que o vão apoiar na sua carreira?
NM - Para o próximo ano passo a ser federado na modalidade. Hoje em dia é muito difícil arranjar patrocínios, os únicos que, neste momento, tenho garantidos para 2017 são o FitnessXXI e a MountainOxigenBikes.
MD – Até onde gostaria de chegar no downhill? Qual é a sua maior aspiração, sonho?
NM – Gostava de chegar muito longe, claro! Gostava de ser o próximo campeão nacional! Mas a realidade em Portugal é bem diferente. Só existe uma pessoa no nosso país que vive do downhill, o madeirense Emanuel Pombo, atual campeão nacional. Será difícil, mas eu acredito!
in MinhoDigital
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