Um licor de pastel de nata ou conservas de peixe em caril são produtos apresentados na 22.ª edição do SISAB - Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas, a decorrer até quarta-feira, em Lisboa.
De Valença, Marcos Guterres trouxe os licores produzidos pelo pai com base em doçaria nacional: arroz doce e pastel de nata, além do gin tinto, apresentado como único no mundo.
“Estamos em 14 países e está a correr bem. Esperamos chegar a mais países com esta feira”, garantiu à Lusa, perspetivando até ao final do ano chegar a 28 países, produzindo 16 mil garrafas só para exportação e 20 mil para o mercado interno.
Ao final da manhã deste primeiro dia do SISAB, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, citou aos jornalistas o entusiasmo que os expositores lhe transmitiram sobre novas nacionalidades de “visitantes, que são todos compradores”.
O governante sublinhou, assim, a importância de “diversificar mercados” e apresentar produtos de qualidade em eventos como o SISAB para continuar a “bater recordes” nas exportações do setor agroalimentar.
Os números desta 22.ª edição do SISAB mostram uma ‘lotação esgotada’ em termos de expositores, ao juntar nos mesmos 10 mil metros utilizados em 2016 mais 60 empresas. No total, nesta feira dedicada apenas a profissionais, há 511 empresas de 28 setores de atividades, que representam 12% das exportações nacionais.
Pelo espaço vão-se ouvindo várias línguas, como o inglês que António Monteiro usa para apresentar vários vinhos de uma herdade alentejana a um interessado romeno.
“Temos que nos adaptar um bocadinho ao idioma. Porém, o SISAB, para línguas um bocadinho mais diferentes, tem tradutores disponíveis, mas temos que ter essa ferramenta à disposição: poder falar outras línguas”, resumiu.
O expositor notou que entre os visitantes/compradores o “Brasil está muito representado”, enquanto a China “tem tendencialmente tido uma evolução enorme no número de comitivas” presentes no espaço.
Acabado de chegar à feira integrado num grupo de 54 empresários do Rio Grande do Sul, o brasileiro Mário António Viezer trabalha na área de supermercados e está na feira e “noutros eventos técnicos” para “ver e pensar no que importar”.
Num outro corredor da feira, Amélia Pinto, empresária angolana ligada à hotelaria e a supermercados, conta ser a sua “quarta ou quinta vez” no SISAB, por encontrar produtos que em Angola “são muito, muito procurados: enchidos, queijo, leite e bacalhau”.
A empresária calcula importar entre “100 a 200 mil euros” sobretudo de Portugal e admite que este ano poderá haver descida porque no seu país a “economia não está para esbanjar”.
Com forte presença em Angola está a empresa Eurofrozen, de alimentos ultracongelados, com José Bonito a notar como “o pastel de nata está a chegar a todo o mundo, como as pizzas italianas”.
Na ‘montra’ da DocaPesca, ao lado de conservas de peixe cabe um livro infantil, que Francisco Portela Rosa, da Vianapesca, quer fazer chegar às bibliotecas das escolas para que as crianças leiam e aprendam com as aventuras do Farol Sabichão.
Para as escolas, o responsável também quer levar receitas de pratos quentes com conservas.
Já o portfolio de negócio, o responsável enumera os 25 produtos que comercializa, com destaques para as conservas de sardinha e cavala em várias versões, designadamente com caril, que chegam a lojas de Macau, Hong Kong e até a retalhistas do Japão.
in Alto Minho TV
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