quarta-feira, 7 de setembro de 2011

VI VICTRIX PIA FIDELIS - VALENÇA ROMANA

A lápide da VI VICTRIX PIA FIDELIS de Valença do Minho
Em 1812, por ocasião da demolição da igreja de Santa Maria de Cristelo, na extramuros da vila de Valença, encontrou o Doutor Mateus José de Almeida, sob o altar-mor da mesma, uma lápide funerária cujos dizeres vieram a ser decifrados da forma seguinte:
Inscrição
ALLUQUIO ANDERGI F ( ilio ) AETURAE ARQUI F ( ilio ) MACRO ALLUQUIO F ( ilio ) CLUTIMONI ALLUQUI F ( ilio ) C ( aius ) V ( alerius ) VA LENS VET ( eranus ) LEG ( ionis ) VI VIC ( tricis ) P ( iae ) F ( idelis ) FA ( ciendum ) C ( uravit ) 
Tradução:
A Alúquio, filho de Andérgio, a Etura, filha de Arquio, a Macro filho de Alúquio, a Clutimónio, filho de Alúquio, Caio Valério Valente, veterano da Legião VI, – Vitoriosa – Devotada – Fiel, tomou a seu cargo que ( lhes ) fosse feito ( este monumento ).
Após a guerra civil do ano dos quatro imperadores e aclamação do Imperador Galba a legião VI terá deixado na Hispania três cohortes e duas alas de auxiliares, força suficiente para manter o domínio.
O aparecimento desta placa é uma indicação de que pelo menos um destacamento desta legião esteve presente em Valência do Minho, possivelmente durante a reparação da via militar romana entre Brácara Augusta (Braga) e Asturica (Astorga, Espanha) (Via Quarta do XIX Itinerário de Antonino Pio) e que passava em Valença do Minho.
A Placa funerária de granito, com forma rectangular e inscrição bem visível de um veterano da Legião VI está datada dos finais do séc. I d.C. – séc. II d.C.
in Portugal Romano

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