O Núcleo Museológico de Valença recebe uma mostra sobre os 10 anos de intervenções arqueológicas na Fortaleza, até 30 de novembro.
Cerâmicas com destaque para fragmentos de ânfora, material de construção como tégulas, peça de jogo, pesos de tear e pesos de rede de pesca são algumas das peças da época romana encontradas na Fortaleza de Valença possíveis de apreciar nesta exposição. Uma mostra que conta, ainda, com faianças e outros utensílios domésticos, moedas, projeteis de metal de várias épocas, bem como a reprodução de um dos enterramento identificados no adro da Igreja de Santa Maria dos Anjos.
A exposição conta, ainda, com 11 painéis que descrevem e mostram os principais pontos de prospeção arqueológica da Fortaleza que permitiram aprofundar o conhecimento da ocupação e evolução do local onde está implantada a fortificação de Valença, bem como, comprovar a existência de uma ocupação romana e pré-romana.
A exposição é uma pequena mostra do vasto espólio recolhido, contabilizando-se já 50 contentores com cerâmicas, vidros, metais e utensilios em pedra.
A intervenção arqueológica permitiu compreender melhor a ocupação e evolução do local onde se implantou a vila medieval de Contrasta, futura Valença, que mais tarde, irá dar origem a Fortaleza abaluartada, setecentista e oitocentista.
A intervenção arqueológica proporcionou novos dados que vieram alterar a história local, no que respeita ao seu povoamento. Destaca-se a identificação de um povoado fortificado tipo “castro”, com uma linha de muralha sub-circular que deveria coroar o outeiro, da qual se identificaram parte de um talude térreo, associado a uma escadaria, em cujos aterros se recolheram materiais datáveis de época romana (séculos I-IV).
Os trabalhos arqueológicos foram executados sob a direção científica do arqueólogo Luís Fontes, com a co-responsabilidade da arqueóloga Belisa Pereira
A exposição é uma iniciativa da Câmara Municipal de Valença em parceria com a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho.
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