Associação de Valença acena comtomada de medidas "drásticas" casoreivindicações não sejam ouvidas. Associação recém-formada exige explicações sobre o traçado do TGV formulado para o município de Valença e adianta que poderá contestar judicialmente a proposta. Lugar de Bogim (Cerdal) "poderá ser seriamente afectado", assevera.
"Localidades há que serão completamente mutiladas pela passagem da rede de alta velocidade, proposta essa que nos levanta uma série de questões, para as quais há muito que aguardamos por resposta." Segundo um dirigente da recém-formada Associação de Moradores da Seara, em Valença, que pediu o anonimato, a população do fronteiriço concelho "não foi ouvida nem achada" em relação ao traçado proposto para o município, que, afiança, "corta simplesmente a meio consideráveis aglomerados populacionais, colocando em risco a qualidade de vida das populações". A propósito, destacou o lugar de Bogim, em Cerdal, considerando tratar-se de aglomerado urbano que se apresenta como "uma das situações mais críticas", do concelho. "Caso vingue a proposta que está em cima da mesa, o lugar poderá ser seriamente afectado", acrescentou.
Segundo disse, abrangidas pelo traçado do TGV, em Valença, são as freguesias de Cerdal, Gandra, Ganfei, Fontoura e São Julião, localidades que, afiançou, "estão ainda longe de ser devidamente esclarecidas sobre a proposta". Sobre a questão, frisou que o promotor do investimento (Rede Ferroviária de Alta Velocidade) "não realizou ainda qualquer sessão de esclarecimento junto das populações, que se manifestam cada vez mais preocupadas com a situação". Enfatizando que a associação a que pertence "não está contra o TGV, mas sim contra o traçado proposto", afiançou que, caso as reivindicações da população não sejam levadas em conta, equaciona a colectividade contestar judicialmente a proposta.
A inexistência de alternativas para o atravessamento do concelho - a excepção vai para a duplicação do troço em Cerdal, medida que, de acordo com a associação, não contempla, porém, o lugar de Bogim -, constitui, também, motivo de crítica para a colectividade, que defende mesmo a valorização e requalificação da Linha do Minho em detrimento da Rede de Alta Velocidade, "caso esta divida populações e atrase o desenvolvimento concelhio". (...)
In Jornal de Notícias
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