Durante quase três meses pai e filho assaltaram pelo menos seis bancos em várias zonas da região do Minho sem nunca serem apanhados. Anteontem, a maré de sorte terminou para os dois italianos de 65 e 20 anos que, após várias diligências, foram detidos pela Polícia Judiciária do Porto. No total terão arrecadado, durante os assaltos, mais de 60 mil euros.
Os dois homens foram ontem presentes ao Tribunal de Valença, mas até ao fecho desta edição ainda não eram conhecidas as medidas de coacção aplicadas.
Os detidos, residentes em Espanha, possuíam já vários antecedentes criminais. O mais velho, que trabalha como operador cinematográfico, cumpriu já uma pena de prisão de 25 anos também por roubo à mão armada a agências bancárias, postos de correio e receptação.
O método usado pelos assaltantes era sempre o mesmo. Alguns dias antes dos assaltos viajavam até Portugal onde estudavam a melhor forma de assaltar os bancos. Dias depois regressavam e colocavam o plano em prática. Armados e de cara destapada, pai e filho entravam assim nas agências bancárias e exigiam aos funcionários que lhes entregassem o dinheiro. Depois de tal acontecer fugiam de imediato para Espanha.
As agências bancárias situavam-se em Melgaço, Valença, Braga. Vila do Conde e Barcelos.
Um dos assaltos mais violentos ocorreu a 22 de Maio, na Caixa Geral de Depósitos de Valença. Durante a fuga os assaltantes chegaram a disparar na direcção de uma patrulha da GNR, que os tentava interceptar.
in Correio da Manhã
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