Tomar um café ou comer uma diária custa o mesmo que no ano passado na grande maioria dos estabelecimentos comerciais do Vale do Minho, isto apesar da subida do imposto sobre o valor acrescentado (IVA), em que a restauração viu subir, no primeiro dia de Janeiro, a taxa intermédia de 13 por cento para a taxa normal de 23 por cento. A União Empresarial do Vale do Minho confirma que os empresários optaram por suportar estes aumentos para não perder os "poucos" clientes. Joaquim Covas explica que alguns ajustamentos seriam necessários, mas os proprietários decidiram "aguentar até onde puderem", ficando com mais um "encargo". O Vale do Minho regista mais de 90 por cento de PME's do comércio, indústria e serviços, que geram emprego e riqueza para a região. No entanto, o dirigente associativo, Joaquim Covas, não descarta o encerramento de algunns estabelecimentos comerciais nos próximos meses. Por isso, alerta para a necessidade de medidas excepcionais para as micro e pequenas empresas. A RVM foi à rua e falou com alguns proprietários de estabelecimentos comerciais dos concelhos de Vila Nova de Cerveira e Valença. Armando Araújo, da Pastelaria São Pedro, em Vila Nova de Cerveira, justifica que não aumentou os preços porque "aumentar tudo para o cliente está fora de questão". Já Carlos Fernandes, da Cafetaria Tróia, também confirma que a tabela de preços se mantém inalterada. Vai aguentar o mais possível, até porque é uma situação recente e "há que analisar". Com receio de perder clientes, Susete Fernandes, do Restaurante Momentos, também da 'vila das artes' garante que vai suportar os aumentos. Até fica mais barato, uma vez que diminuiu em 50 cêntimos o preço das diárias, para "ajudar as pessoas nestal altura difícil". Em Valença, a RVM esteve no Café-Bar Esplanada, e Jaime Gonzalez explicou que apenas implementou um ligeiro aumento na cafetaria e pastelaria, porque de resto "não dá". O proprietário do Restaurante dos Arcos, Carlos Vaz, confirma que, desde o início do ano, já há clientes que optam por trazer a refeição de casa para poupar "algum dinheiro", realçando que o negócio "está a sofrer muitas consequências". Pelo Café Gonçalves, em Valença, o proprietário vai tentar suportar os aumentos. Rogério Gonçalves apenas aumentou cinco cêntimo no café. Comerciantes do Vale do Minho suportam aumento dos impostos e mantêm preços para não perder clientes.
in Rádio Vale do Minho
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