Arrancaram as obras no ramo de saída da A3 para a EN 13, sentido Valença/Porto. Mais de três meses após o encerramento daquela via, os trabalhos já são visíveis através de retroescavadoras e valas abertas no terreno. Os amontoados de terra também não passam despercebidos aos automobilistas. Recorde-se que foi no final de junho que a artéria, perto das portagens, foi vedada. Um fecho que, de acordo com o presidente da Câmara de Valença, Jorge Mendes, veio causar constrangimentos "em especial nas zonas industrias de São Pedro da Torre e de Vila Nova de Cerveira onde temos imenso investimento estrangeiro de multinacionais. Todos os dias os camionistas têm ali grandes transtornos, para além dos condutores em geral".
Os efeitos deste corte também já se fizeram sentir na restauração próxima. No Rei dos Leitões, na localidade de São Pedro da Torre, a clientela mantém-se a mesma mas os incómodos causados pelo percurso estão a mudar a disposição de quem chega. "Há uns que se perdem. Outros que andam às voltas. Há também quem ligue para cá para saber como se chega devido à falta de sinalização", contou à Rádio Vale do Minho o proprietário do restaurante, Jaime Rodrigues. "Acho isto um bocado ridículo! Pelo que se ouve, dizem que é por causa de cursos de água. Estranho que a chuva no Verão não foi assim tanta. Foi até um dos mais secos. O pavimento nem sequer está rompido", apontou o dono do Rei dos Leitões.
Infraestruturas de Portugal prevê reabertura até final do ano
Auscultadas as primeiras preocupações em Valença, a Rádio Vale do Minho entrou em contacto com a Infraestruturas de Portugal (IP). Em comunicado a empresa justificou o fecho "como medida cautelar, face a patologias detetadas numa Passagem Hidráulica". No mesmo documento, a IP referiu ainda que "a reabertura do ramo à circulação automóvel, deverá ocorrer até final do corrente ano de 2016".
A explicação não convenceu o presidente da Câmara que se mostrou visivelmente inconformado. "Quando nos dizem que tem uma patologia, isso é uma doença e ela está visível há algum tempo. Em três meses, num estação seca e sem águas na zona tiveram mais do que tempo para fazer a obra. Agora que vamos entrar no Inverno é que vão resolver aquela obra?", questionou Jorge Mendes. "Para uma área como aquela, três meses é tempo de sobra! Ai de nós se fosse a Câmara! Se nós estivéssemos seis meses para resolver um problema numa estrada, as populações penduravam-nos! Entre uma semana a um mês tem de estar resolvido", concluiu o edil valenciano.
in Rádio Vale do Minho
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