As restrições do Plano de Estabilidade e Crescimento aliadas à conjuntura económica internacional prometem ditar o adiamento, por cerca de dois anos, da ansiada ligação de Paredes de Coura a uma auto-estrada. Neste caso, à A28 (que liga o Porto a Caminha). Não à A3.
A vila de Paredes de Coura poderá vir a estar ligada a uma auto-estrada dentro de dois anos, caso os acessos do concelho a uma via-rápida venham a ser integrados na empreitada do prolongamento do IC1/A28 até Valença.
A garantia foi dada ao autarca courense, Pereira Júnior, na passada quinta-feira, pelo secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, segundo o qual caso a tutela opte por avançar com a ligação fora da empreitada de prolongamento da A28 de Caminha a Valença, o início da obra (reclamada há mais de uma década por população e autarquia local) poderá vir a prolongar-se, “na melhor das hipóteses”, por outros dez anos. Ou mais.
Aludindo às estradas nacionais que servem o concelho como “primitivas”, Pereira Júnior assinala que quanto mais breve a sede de concelho estiver ligada a uma via estruturante “mais acelerado será o desenvolvimento concelhio, bem como mais visitantes devem acorrer ao município”.
Segundo a secretaria de Estado tutelada por Paulo Campos, tanto a ligação do concelho courense a uma via-rápida como o prolongamento da A28 a Valença são consideradas como “prioridades” do Governo para o Alto Minho, vias essas que, admite a tutela, têm vindo a conhecer “alguns atrasos”, em parte devido à definição da área de implantação da Plataforma Logística de Valença. Apesar disso, prometidos para breve estão os calendários das obras.
No ano passado, Paulo Campos havia já apresentado, em Viana do Castelo, os estudos prévios da ligação de Coura à A3 (via com 18 quilómetros) e do prolongamento da A28 até Valença (22 quilómetros), tudo levando a crer que o primeiro daqueles traçados tenha, agora, sido posto de parte.
in Jornal de Notícias
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