O aterro de Valença, estrutura pública que recebe os resíduos sólidos urbanos de seis concelhos do Vale do Minho, vive uma dupla ilegalidade. Desde 2004 que tem ordem de fecho do tribunal, e em 2008 acabaram os dez anos de período de funcionamento. Apesar disso, já está em cima da mesa a possibilidade de prolongar o seu tempo de vida por mais dez anos, caso o povo amanhã decida.
"Vamos reunir com as pessoas e tentar decidir. Há sempre quem seja a favor ou contra", disse ao DN o presidente da Junta de São Pedro da Torre, em Valença, Manuel Afonso. Isto porque a estrutura deveria passar para Cornes, em Vila Nova de Cerveira, a partir de 2011, segundo a localização entretanto aprovada, a menos de 500 metros da actual instalação. Dessa forma já estão em curso estudos para apurar a viabilidade de manter o aterro no mesmo local por mais dez anos. "Neste momento não nos comprometemos com nada. Se o povo assim o decidir, terá de haver compensações para a freguesia, mas isso ainda é muito cedo para abordar", diz.
A uma média anual superior a 35 mil toneladas de resíduos depositados, o aterro deverá ultrapassar em pelo menos três anos o prazo de vida útil, com o lixo a acumular-se num espaço que repre- sentou um investimento de mais de oito milhões de euros.
in Diário de Notícias
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