A Assembleia Municipal de Valença deverá pronunciar-se em abril sobre o plano de urbanização da futura plataforma logística do concelho, projeto lançado há seis anos e que agora poderá criar, segundo a autarquia, mais de 3.000 empregos.
De acordo com o presidente da Câmara, hoje deverá realizar-se na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) aquela que "será a última reunião" entre as várias entidades públicas envolvidas na classificação e desafetação destes 850 hectares de terrenos, para acertar o futuro Plano de Urbanização da Área Empresarial de Valença.
"Foi muito difícil, até agora, colocar as várias instituições a falar a uma só vez. Mas agora estou convencido que em abril estaremos em condições de levar este plano à Assembleia Municipal", explicou Jorge Mendes, em declarações à Lusa.
A primeira fase da Plataforma Logística de Valença envolve uma área industrial com cerca de 70 hectares, seguindo-se mais 50 hectares, ambas para instalação de empresas e unidades indústrias, conforme previsto no plano de urbanização a aprovar.
Segundo o autarca local, parte destes terrenos já foram adquiridos pelo consórcio privado WAY2BE, responsável pela concessão desta plataforma, por cinco milhões de euros. Os restantes terrenos servirão para futura expansão da atividade industrial em Valença "nas próximas décadas".
"As expectativas da altura passavam pela criação de 10.000 postos de trabalho, diretos e indiretos a médio prazo, o que deverá ser difícil. Mas estou convencido que em velocidade de cruzeiro esta plataforma poderá criar três a quatro mil postos de trabalho", sublinhou o presidente da Câmara.
A futura Plataforma Logística de Valença foi uma das doze projetadas em 2008 no âmbito do Plano Portugal Logístico. Previa potenciar a centralidade de Valença na eurorregião norte de Portugal e Galiza, tirar partido da acessibilidade rodoferroviária e da oferta das infraestruturas aéreas e portuárias dos dois lados da fronteira.
Jorge Mendes, que assumiu a autarquia local pela primeira vez em 2009, garante que continua a existir "interesse" de várias multinacionais, nomeadamente espanholas, para instalação na futura plataforma logística, tirando partido da posição transfronteiriça.
Depois de aprovado o plano de urbanização, após consulta pública, será necessário realizar a infraestruturação dos terrenos, o que poderá acontecer ainda em 2014, admite o autarca.
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