O festival põe em marcha um seminário com reputados profissionais do sector, organizado
pela revista de cinema A Cuarta Parede. A publicação apresenta também no certame o livro Jugar con la memoria.
El cine portuguésen el S. XXI, junto com um ciclo de documentários lusos Play-Doc, o Festival Internacional de Documentários de Tui, que celebrar-se-á do 2 ao 6 de Abril, põe em marcha neste ano, com vocação de continuidade, um seminário destinado a jovens críticos. O certame segue apostando, deste modo, pela formação, somando este curso às suas iniciativas O retrato filmado e Docs in Progress, que em edições anteriores promoveram o crescimento artístico dos cineastas participantes. Este novo seminário, baixo o nome A crítica intermédia, tentará expor aos alunos as diferenças entre os textos teóricos e os jornalísticos. O objectivo é procurar um equilíbrio “entre o rigor da análise académica, e a paixão da espontaneidade cinéfila”, dizem os seus organizadores, os editores da revista de cinema www.acuartaparede.com.
Para isso, convidaram a importantes figuras do setor, que analisarão o tema desde diferentes pontos de vista. Os palestrantes serão Antonio Weinrichter, reputado especialista em cinema documental e não narrativo; o catedrático da USC José Luis Castro de Paz, e os críticos da prestigiosa revista Caimán. Cuadernos de Cine Jara Yáñez e José Manuel López. Com eles estará também o codirector de A Cuarta Parede, Iván Villarmea, que oferecerá uma sessão sobre géneros jornalísticos aplicados à escritura sobre cinema. A intenção desta iniciativa é dotar aos assistentes duns conhecimentos básicos que melhorem a qualidade da sua escrita. O seminário completa-se com práticas na revista digital, que publicará os textos dos alunos, sobre filmes mostrados em Play-Doc.
O festival abre desde hoje até o 24 de Março a convocatória, para que os interessados possam inscrever-se. As bases podem-se consultar no seu site, www.play-doc.com. Adicionalmente, a publicação digital apresentará o livro Jugar con la memoria. El cine portugués en el S. XXI, escrito por colaboradores da revista e editado por Shangrila. Esta é a primeira monografia em espanhol sobre a última grande geração de cineastas lusos, que inclui nomes premiados em festivais internacionais, como Miguel Gomes (Tabu) ou João Pedro Rodrigues (Morrer Como Um Homem). O volume parte de Pedro Costa (Juventude em marcha) como um cineasta faro para Portugal, a partir do qual surgiram muitos outros, que conseguiram revisar a história do seu país (as relações com ultramar, o passado colonial, a ditadura Salazarista...) desde preceitos estéticos modernos de influências muito diversas. Em um contexto transnacional, no que a mobilidade destes autores é quase uma forma de vida, resulta difícil falar de cinemas nacionais, mas sim se pode advertir uma preocupação comum por revisar a memória do país.
Aproveitando a apresentação desta novidade editorial, o festival Play-Doc mostrará um pequeno ciclo de documentários portugueses, assinados por cineastas desta geração. Os títulos incluídos serão Alvorada Vermelha (João Pedro Rodrigues, João Rui Guerra da Mata, 2011), Terra de Ninguém (Salomé Lamas, 2012) e É na Terra não é na Lua (Gonçalo Tocha, 2011).
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