1900 - Morte de Joaquim Apolinário da Fonseca, deixando em testamento 199 mil escudos à Santa Casa da Misericórdia de Valença, para a construção de um asilo;
1905, Setembro - a Comissão administrativa da Santa Casa da Misericórdia negoceia a aquisição dos terrenos entre o Campo da Misericórdia, a Esplanada, a estrada de Caminha e a Avenida da Estação para edificar o asilo;
1906, 28 Janeiro - a Mesa da Misericórdia delibera que se deve construir o asilo o mais depressa possível;
1907, 12 Abril - a Mesa delibera que o projecto para a construção do asilo deverá ser adjudicado o mais rápido possível; 22 Junho - é escolhido o Arquitecto Ventura Terra para a realização do projecto, por 30 a 40 contos de réis; 1 Setembro - data de início da elaboração do projecto; Dezembro - abertura do concurso para arrematação da obra da construção do asilo;
1908, 9 Janeiro - conclusão da primeira parte do projecto; 2 Fevereiro - estavam finalizados os restantes elementos do projecto; o asilo foi orçado em 43 contos, mais 5 para verbas presumíveis, como ajardinamento; Julho - Conselho Superior de Higiene deu parecer favorável ao projecto do edifício; 10 Setembro - portaria concedendo à Santa Casa da Misericórdia de Valença a autorização para a construção do Asilo da Infância Desvalida no Campo de são Gião; devia ainda aplicar o dinheiro que recebesse em troca do terreno na compra de inscrições para adquirir os terrenos pertencentes à Câmara Municipal, António Júlio Nogueira, António Lourenço e herdeiros de Agostinho Rodrigues de Carvalho, não podendo ser dispendidos valores superiores às das avaliações dos terrenos; Outubro - depois de adquiridos os terrenos, fez-se o concurso de adjudicação da construção do asilo;
1909, Abril - devido ao excessivo custo para a construção do edifício, e após as recusas para reformular o projecto, é solicitado ao Engenheiro Álvaro Rego para rever o projecto inicial;
1910, Junho - contrato entre a Mesa da Misericórdia e o mestre-de-obras António Vaz Ribeiro para a edificação do edifício; Julho - lançamento da primeira pedra; Setembro - arrematação das obras de construção;
1912, Abril - os operários da obra estiveram em greve durante uma semana; Maio - a Misericórdia fez constar que voltava à "praça" a parte do edifício para asilo que ainda não estava construída, sendo a base de licitação 41:580$527; Junho - adjudicação da parte ainda por construir do asilo à Carpintaria Maia, do Porto, por 41:000$000; Setembro - o Provedor da Misericórdia, Dr. Alfredo Palhares, ofereceu gratuitamente para a conclusão da construção toda a pedra necessária, a qual seria extraída das pedreiras que possuía no Marco de Ganfei;
1913, Abril - 75 operários que ali trabalhavam entraram em greve por 2 dias, devido à recusa de aumento em $040 rs; Novembro - estavam paradas as obras no edifício, por motivo de Lei de Acidentes de Trabalho; Dezembro - reinício das obras;
1914, Agosto - entraram em greve todos os pedreiros das obras do Asilo devido a não acatarem o engenheiro fiscal Pinto da Mota;
1916, Agosto - ordem do Governo Civil para ser reiniciarem as obras, já por dois anos paradas;
1917, Maio - reinício dos trabalhos de construção do Asilo Fonseca; Julho - iniciam-se os trabalhos de caiador e pintor;
1922, Janeiro - deferimento do pedido de 11.500$00 requeridos pelo empreiteiro do Asilo, como indemnização pelos danos causados no edifício pelos militares enquanto ali estiveram aquartelados; Abril - ali continuavam as obras;
1928 - inauguração do Asilo Fonseca; contrato entre a Misericórdia e a Congregação das Religiosas Franciscanas de cedência gratuita do edifício para transferência do Colégio de Valença;
1920 / 1930 - postais destas décadas mostram o edifício com janelas de caixilho vertical e bandeira e pequenas chaminés coroando o corpo principal;
1932, Março - atribuição de subsídio pela Assistência Pública no valor de 4.250$00;
1933, 2 Fevereiro - inauguração da capela do asilo;
1935, Julho - conclusão do muro que vedada o edifício;
1940 - ali existiam 91 alunas internas (74 pensionistas e 17 gratuitas) e 130 externas (97 pensionistas 21 porcionistas e 12 gratuitas), frequentando 152 a classe da primária e 70 a classe secundária;
1973, 7 Abril - constando em Valença que o encerramento do colégio estaria para breve, Júlia de Barros Fernandes promove um abaixo assinado com 70 assinaturas e, pouco depois, o presidente da Câmara, Adão Alves Marinho, um outro com 270 assinaturas de valencianos, em sinal de protesto; pouco depois, falava-se da falta de uma Secção Licial em Valença; 13 Julho - a Superiora da Congregação escreveu ao Ministro da Educação Nacional expondo que, para continuarem no Colégio, exigia: a entrega do ensino secundário polivalente à Congregação; a autonomia interna; obras de reparações; apetrechamento laboratorial e oficinas; fornecimento de mobiliário e de material didáctico; reitoria da Congregação ou com prévio consentimento desta; encargos totais do Ministério; manutenção exclusiva pela Ordem do Lar anexo; administração externa da competência e responsabilidade do Ministério; e, finalmente, satisfação dos encargos emergentes da utilização e ocupação do edifício; Outubro - ali começa a funcionar a Secção Licial do Liceu de Viana do Castelo;
1974, 1 Setembro - as Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição abandonaram definitivamente o Colégio.
in Monumentos
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