sábado, 26 de março de 2011

Engenharia: Portugal e Espanha acordam reconhecimento mútuo de competências em Valença

Os engenheiros civis de Portugal e Espanha assinaram ontem, em Valença, um convénio com vista ao “rápido reconhecimento” das competências e títulos comuns em ambos os países, o que permitirá reforçar “a mobilidade” destes profissionais.
“Esperamos que este acordo seja um catalisador da mobilidade de engenheiros entre as duas regiões”, explicou Carlos Martins Ramos, Bastonário da Ordem dos Engenheiros.
O convénio para o reconhecimento, comum, das competências e títulos dos engenheiros civis de Portugal e Espanha foi assinado com o Colégio de Ingenieros de Caminos, Canales e Puertos (CICCP).
Este órgão representa exclusivamente os engenheiros civis em Espanha e segundo o presidente, Edelmiro Rúa Alvarez, deverá ser “mais do que um simples papel com intenções”.
Segundo o responsável, “está feito preto no branco. Agora é preciso que se aplique e que os engenheiros queiram trabalhar no país vizinho”.
Através deste acordo, admite o bastonário português, “passa a haver alternativas para pes soas altamente competentes” exercerem engenharia, apesar da crise do setor da construção em Portugal. “É uma jangada de pedra da engenharia”, afirmou.
O convénio foi assinado junto à Ponte Internacional de Valença, que ontem celebrou 125 anos de funcionamento, e que segundo o bastonário da Ordem dos Engenheiros é ela própria um exemplo, no tempo, do acordo agora alcançado.
“Há 125 anos o projetista desta ponte foi espanhol e o diretor de obra um português. Pode-se dizer que fizeram, com estes anos todos de diferença, aquilo que nós estamos agora a acordar”, sustentou Carlos Martins Ramos.
Com este acordo, engenheiros civis portugueses ou espanhóis passam a ser reconhecidos de forma “praticamente automática” no país vizinho, em regime de “estrita igualdade e reciprocidade”, em relação às atividades que lhes são comuns.
Segundo números da instituição, em 2010 inscreveram-se na Ordem dos Engenheiros cerca de 50 profissionais espanhóis, mas os portugueses no CICCP “são muito menos”, admitiu o bastonário.
in Correio do Minho

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