O presidente da Câmara de Valença quer um estreitamento dos laços entre Valença e Tui. Jorge Mendes, defendeu hoje a criação de uma zona franca entre a fronteira do Alto Minho e a Galiza para que os turistas espanhóis “não deixem de comprar em Portugal”, apesar das diferenças nos impostos. Jorge Mendes explicou que “quanto pior estiver a vizinha Galiza, e nesta altura está mal” menos turistas e compradores espanhóis Valença recebe. O autarca considera que “as diferenças de impostos, de agravamento do IVA, não ajudam nada”.
Daí que, reclama o autarca (PSD) de Valença, haja “necessidade de as regiões de fronteira serem vistas com outro olhar”, assunto que, admite, “tem sido esquecido por todos os Governos”. Nos vários escalões, o IVA em Espanha é pago a taxas que variam entre 4 e 18%, enquanto que em Portugal a taxa máxima é de 23% e poderá voltar a subir. Jorge Mendes defende que “a convergência pode ser feita com a harmonização fiscal na área de fronteira, até dez ou vinte quilómetros, em que as duas regiões passariam a ter o mesmo imposto”. Coloca ainda a hipótese de criar zonas francas “até que haja uma harmonização fiscal a nível da União Europeia”. Declarações feitas após as comemorações do 125.º aniversário da construção da ponte internacional entre Valença e Tui, na Galiza, que deu ainda origem à geminação entre os dois concelhos vizinhos. A cerimónia oficial a assinalar os 125 anos da Ponte Internacional entre Valença e Tui foi ainda aproveitada para os autarcas dos dois municípios vizinhos darem a conhecer o projecto da eurocidade que pretendem formar. Como exemplo, Jorge Mendes apontou as piscinas municipais de Valença, em que 60% dos utilizadores são de Tui, ou a falta de um serviço de saúde permanente, desde o polémico encerramento das urgências da cidade. Em declarações anteriores à Geice, o autarca afirmara que a geminação é a “formalização de um desejo de dois povos irmãos”.
in Rádio Geice
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