A primeira referência conhecida a este mosteiro beneditino encontra-se na doação feita a D. Teresa de metade da igreja de São Paio de Moselos de Paredes de Coura, ente os anos de 1112 e 1128.
Em 1258, na lista das igrejas de Entre Lima e Minho, que foi efectuada por ocasião das Inquirições de D. Afonso III, Ganfei, é referida como uma das igrejas pertencentes ao bispado de Tui. Era do padroado real.
No catálogo das mesmas igrejas de 1320, mandado elaborar pelo rei D. Dinis, para o pagamento de taxa, foi taxada em 300 libras. Como refere o Padre Avelino Jesus da Costa, o Mosteiro teve vida agitada por causa das lutas ente o abade e os monges (1266 e 1435) e das guerras fronteiriças.
A sua situação económica era, em 1363, de completa ruína.
Em 1499, o rei D. Manuel deu Marquês de Vila Real o seu padroado. Desde então, coube ao referido Marquês eleger os abades comendatários entre os membroa da sua família. D. André de Noronha, bispo de Portalegre, que faleceu em 1582, foi o último dos abades comendatários de Ganfei.
Em 1546, tinha abade e 4 monges, sendo as rendas do primeiro avaliadas em 100 mil réis. Cada monge tinha 2 mil réis em dinheiro, 2 pipas de vinho e 112 alqueires de pão e o vigário da igreja 15 mil réis.
Em 1569, a congregação de São Bento tomou posse do Mosteiro. Para isso teve, contudo, de sustentar demandas com os Marqueses de Vila Real que terminaram por uma composição em 1617.
Pertence à Diocese de Viana do Castelo desde 3 de Novembro de 1977.
in DIGITARQ
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