O plano de urbanização empresarial de Valença, que inclui a futura plataforma logística do concelho, aprovado pelo executivo local, está, a partir de hoje em consulta pública.
A área total do plano de urbanização empresarial de Valença ronda os 850 hectares, 150 dos quais serão ocupados pela plataforma logística do concelho.
A proposta de plano com o respetivo relatório ambiental, bem como o relatório final da concertação com as entidades externas, que integra a ata de conferência de serviços e demais pareceres emitidos em resultado das reuniões de concertação, encontram -se disponíveis para consulta durante 30 dias úteis lê-se no documento, publicado hoje em Diário da República e consultado pela Lusa.
A primeira fase da Plataforma Logística de Valença envolve uma área industrial com cerca de 70 hectares, seguindo-se mais 50 hectares, ambas para instalação de empresas e unidades indústrias, conforme previsto no plano de urbanização agora em consulta pública.
Em janeiro passado, à Lusa, o presidente da Câmara afirmou que parte destes terrenos já foi adquirida pelo consórcio privado WAY2BE, responsável pela concessão desta plataforma, por cinco milhões de euros.
Os restantes terrenos servirão para futura expansão da atividade industrial em Valença "nas próximas décadas".
"As expectativas da altura passavam pela criação de 10.000 postos de trabalho, diretos e indiretos a médio prazo, o que deverá ser difícil. Mas estou convencido que em velocidade de cruzeiro esta plataforma poderá criar três a quatro mil postos de trabalho", sublinhou na ocasião o social-democrata Jorge Mendes.
A futura Plataforma Logística de Valença foi uma das doze projetadas em 2008 no âmbito do Plano Portugal Logístico.
Previa potenciar a centralidade de Valença na eurorregião norte de Portugal e Galiza, tirar partido da acessibilidade rodoferroviária e da oferta das infraestruturas aéreas e portuárias dos dois lados da fronteira.
Jorge Mendes, que assumiu a autarquia local pela primeira vez em 2009, garante que continua a existir "interesse" de várias multinacionais, nomeadamente espanholas, para instalação na futura plataforma logística, tirando partido da posição transfronteiriça.
Após a consulta pública o plano de urbanização será submetido à aprovação do executivo e da Assembleia Municipal o que poderá acontecer, disse Lusa, o autarca local, "em setembro, ou, se necessário, antes dessa data".
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