O presidente da União Empresarial do Vale do Minho, Joaquim Covas, quer que o próximo Governo, liderado por Pedro Passso Coelho, não esqueça as dificuldades dos mercados de fronteira e, por isso, através da Confederação do Comércio Português, vai encetar de imediato as diligências necessárias para que sejam tomadas medidas que compensem a quebra no volume de vendas, provocada pela diferença fiscal praticada em Portugal e Espanha. Depois de ter visitado na passada segunda-feira a cidade de Valença, e de ter sido confrontado com as preocupações de alguns comerciantes da Fortaleza, o líder social-democrata reiterou que é preciso analisar a situação, mas não se comprometeu com qualquer diferenciação, explicando que a prioridade passa pelo reequilibrio das contas públicas. Joaquim Covas até diz comprender essa posição devido à legislação imposta, mas reitera que algo tem de ser feito, caso contrário o pequeno comércio transfronteiriço "tem dias os dias contados". Mais do que medidas compensatórias, a União Empresarial do Vale do Minho quer também outras impulsionadoras de competitividade. Joaquim Covas alerta também para a necessidade de um secretário de Estado do Comércio e Indústria, integrando o Ministério da Economia, sem grandes acumulações de funções, apenas concentrado nestas problemáticas. De há cinco anos a esta parte, o dirigente associativo diz que todas as pequenas e médias empresas de fronteira tem resentido com a crise, sobretudo com uma "retracção significativa no consumo".
in Rádio Vale do Minho
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