quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Portugueses podem passar a ir às urgências a Vigo e casos de AVC da Galiza encaminhados para Viana do Castelo

Oitenta mil portugueses podem passar a ter os hospitais de Vigo como “referência” e os habitantes de Vigo podem ser encaminhados para o hospital de Viana do Castelo em casos de acidentes vasculares cerebrais. Estas duas alterações acontecerão caso avance a proposta de cooperação transfronteiriça na área da saúde entre Portugal e Galiza. Trata-se de uma das conclusões de um estudo que os municípios do vale do Minho, no distrito de Viana do Castelo, com o apoio dos congéneres galegos, encomendaram sobre a necessidade de cuidados transfronteiriços na área da Saúde. O autarca de Melgaço, que lidera também a associação de municípios Uniminho, prevê levar uma proposta para um acordo transfronteiriço na área da Saúde à próxima Cimeira Ibérica, para ser avaliada pelos Governos de Portugal e de Espanha. Rui Solheiro diz que se trata de utilizar da melhor forma possível os recursos técnicos e humanos que existem dos dois lados, muitos dos quais que até foram conseguidos com recurso a financiamentos comunitários. Rui Solheiro diz ser “incompreensível” numa altura de crise, dois países da União Europeia não fazer um aproveitamento total dos equipamentos de saúde existentes. Este documento, já entregue ao Governo Regional da Galiza e à Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), prevê para os cerca de 80 mil habitantes de Vila Nova de Cerveira, Valença, Monção, Melgaço e Paredes de Coura os hospitais de Vigo como "referência" para os casos de urgência, por serem mais próximos do que o de Viana do Castelo. Os hospitais de Vigo, a maior cidade da Região Autónoma da Galiza, com cerca de 300 mil habitantes, distam cerca de 30 quilómetros da fronteira de Valença. Para o Hospital Distrital de Viana do Castelo, onde funciona uma Unidade de AVC, a distância é de cerca de 80 quilómetros, menos vinte do que a actual unidade mais próxima, em Santiago de Compostela. O documento, na sua versão técnica, já está a ser analisado pelas entidades portuguesas e galegas, mas ainda falta definir as "formas de compensação financeira" destes serviços entre os dois Estados.
in  LUSA

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