O presidente da Câmara Municipal de Valença já está a encetar as diligências necessárias junto do Governo, para saber qual a posição da tutela em relação à interrupção da ligação ferroviária Porto/Vigo. Sem ter conhecimento oficial da decisão da CP, o autarca social-democrata diz que, de dez comboios, é "inadmissível" o único que existe ser agora suprimido. Jorge Mendes realça que o número de utentes não tem aumentado, mas a solução deve passar pela criação de outras alternativas, como a definição de outros horários e ainda a possibilidade de a ligação chegar até Guilharei, em Tui, e aí fazer o interface com todas as ligações que vão para Vigo. Jorge Mendes diz que esta é uma "má notícia" por duas razões. Surge no ano em que se assinalam os 125 anos da Ponte Internacional sobre o rio Minho, e uma decisão "contra-natura" numa altura em que autarcas dos dois lados da fronteira estão a preparar uma plano conjunto da Rede de Transportes Transfronteiriça para dar uma melhor resposta a grande parte das 5 mil pessoas que diariamente atravessam a fronteira. Em relação ao facto se esta decisão pode inviabilizar a requalificação da ponte interncaional de Valença, lançada a concurso público no passado mês de Maio pela CP, na ordem dos 6,2 milhões de euros, o autarca valenciano diz que as obras estão para decorrer, dada a "urgência". Recorde-se que a transportadora ferroviária pública CP admite que a “racionalização de custos” esteve na origem da decisão de acabar, a partir do próximo domingo, com a ligação internacional até Vigo. Acrescenta que a CP tem de fazer “uma racionalização de custos e proveitos” e que por isso decidiu, agora, avançar com a supressão desta ligação internacional, centenária, já a partir de 10 de julho. Trata-se de um serviço com duas ligações diárias entre Porto e Vigo (Galiza), mas que segundo a CP vai passar a terminar em Valença. |
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Câmara de Valença "desagradada" com decisão "unilateral" da CP em suprimir ligações até Vigo
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