Os municípios de Valença e Tui, na Galiza, deverão avançar em Outubro para a constituição de uma eurocidade entre Portugal e Espanha, que poderá dar origem à primeira Polícia Municipal conjunta entre os dois países.
“Há muitos anos que, em Valença sentimos a necessidade de ter uma Policia Municipal, mas isso torna-se difícil pelos elevados custos que representa. Como em Tui já existe uma força dessas, estamos a estudar a possibilidade de ter uma unidade comum para as duas localidades no âmbito da eurocidade”, explicou o autarca de Valença.
Jorge Mendes confessou à agência Lusa o “grande interesse” nesta solução, que pode ser exequível pela existência de um posto misto, envolvendo várias forças policiais dos dois lados da fronteira e que já conta com um raio de intervenção de 50 quilómetros.
“Estamos a estudar muito seriamente essa hipótese. Tendo, por exemplo, quatro ou cinco agentes da Polícia Municipal a patrulhar as ruas de Tui e de Valença, em simultâneo e com custos mais reduzidos”, acrescentou.
A constituição formal da eurocidade Valença-Tui está prevista para Outubro, depois do aval, em Setembro, nos respectivos órgãos locais, e numa primeira fase permitirá a gestão conjunta de equipamentos.
A formação da eurocidade foi debatida nesta semana num encontro entre Jorge Mendes e o congénere de Tui, Moisés Rodriguez, com o director-geral de Relações Exteriores do Governo Regional da Galiza, Jesús Gamallo.
A piscina municipal de Valença, que custa 450 mil euros por ano - 300 mil euros dos quais financiados pela autarquia - será um dos primeiros exemplos de gestão partilhada, já que actualmente mais de 60 por cento dos 1700 utilizadores mensais são galegos.
“Podemos dizer que a piscina de Tui fica em Valença, face à utilização que temos. No próximo orçamento municipal, com a formalização da eurocidade, já teremos um impacto nas contas porque também os custos sociais do equipamento serão suportados por entidades galegas”, sublinhou Jorge Mendes.
Do lado português, o interesse vai, por exemplo, para o Conservatório de Música de Tui, frequentado por dezenas de jovens de Valença, cuja gestão também poderá ser conjunta.
“Numa segunda fase penso que será possível o entendimento para a partilha de equipamentos de saúde, mas isso levará mais tempo”, adianta o autarca de Valença, lembrando o encerramento, há cerca de dois anos, das urgências do centro de saúde local e a deslocação de utentes para Tui.
Desta forma, já a partir de Outubro, os dois municípios avançam para a gestão conjunta de alguns equipamentos, cuja utilização será feita através de um cartão de cidadão da eurocidade. Poderão ainda construir equipamentos municipais comuns às duas localidades, partilhando os custos e a gestão, no âmbito da eurocidade.
O autarca de Valença acredita que a ligação à vizinha localidade de Tui “tem tudo” para ter sucesso. “Temos todas as condições, apenas estamos separados por duas pontes, para ser o primeiro projecto do género com sucesso”, garantiu Jorge Mendes.
in Público
“Há muitos anos que, em Valença sentimos a necessidade de ter uma Policia Municipal, mas isso torna-se difícil pelos elevados custos que representa. Como em Tui já existe uma força dessas, estamos a estudar a possibilidade de ter uma unidade comum para as duas localidades no âmbito da eurocidade”, explicou o autarca de Valença.
Jorge Mendes confessou à agência Lusa o “grande interesse” nesta solução, que pode ser exequível pela existência de um posto misto, envolvendo várias forças policiais dos dois lados da fronteira e que já conta com um raio de intervenção de 50 quilómetros.
“Estamos a estudar muito seriamente essa hipótese. Tendo, por exemplo, quatro ou cinco agentes da Polícia Municipal a patrulhar as ruas de Tui e de Valença, em simultâneo e com custos mais reduzidos”, acrescentou.
A constituição formal da eurocidade Valença-Tui está prevista para Outubro, depois do aval, em Setembro, nos respectivos órgãos locais, e numa primeira fase permitirá a gestão conjunta de equipamentos.
A formação da eurocidade foi debatida nesta semana num encontro entre Jorge Mendes e o congénere de Tui, Moisés Rodriguez, com o director-geral de Relações Exteriores do Governo Regional da Galiza, Jesús Gamallo.
A piscina municipal de Valença, que custa 450 mil euros por ano - 300 mil euros dos quais financiados pela autarquia - será um dos primeiros exemplos de gestão partilhada, já que actualmente mais de 60 por cento dos 1700 utilizadores mensais são galegos.
“Podemos dizer que a piscina de Tui fica em Valença, face à utilização que temos. No próximo orçamento municipal, com a formalização da eurocidade, já teremos um impacto nas contas porque também os custos sociais do equipamento serão suportados por entidades galegas”, sublinhou Jorge Mendes.
Do lado português, o interesse vai, por exemplo, para o Conservatório de Música de Tui, frequentado por dezenas de jovens de Valença, cuja gestão também poderá ser conjunta.
“Numa segunda fase penso que será possível o entendimento para a partilha de equipamentos de saúde, mas isso levará mais tempo”, adianta o autarca de Valença, lembrando o encerramento, há cerca de dois anos, das urgências do centro de saúde local e a deslocação de utentes para Tui.
Desta forma, já a partir de Outubro, os dois municípios avançam para a gestão conjunta de alguns equipamentos, cuja utilização será feita através de um cartão de cidadão da eurocidade. Poderão ainda construir equipamentos municipais comuns às duas localidades, partilhando os custos e a gestão, no âmbito da eurocidade.
O autarca de Valença acredita que a ligação à vizinha localidade de Tui “tem tudo” para ter sucesso. “Temos todas as condições, apenas estamos separados por duas pontes, para ser o primeiro projecto do género com sucesso”, garantiu Jorge Mendes.
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