terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Autarquia honrará compromissos financeiros assumidos com CVP


O presidente da Câmara Municipal de Valença admite reativar o financiamento para a construção do equipamento social de lar e creche da delegação local da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), suspenso desde Maio de 2011, se a direção nacional da instituição comprovar que não haverá discriminação na hora de admitir os utentes. 
Jorge Mendes quer "um serviço para ricos e pobres" e só nessa condição é que continuará a proceder ao pagamento das tranches, caso contrário "nada feito".
Recorde-se que, após a retirada de poderes de gestão da obra ao presidente da estrutura valenciana, por alegada derrapagem de um milhão de euros no orçamento inicialmente previsto, também a autarquia suspendeu o financiamento na ordem dos 700 mil euros, em várias prestações. Até à data tinha sido pago cerca de 130 mil euros.
Perante esta situação, todos os orgãos administrativos da delegação de Valença da CVP apresentaram, no passado sábado, a demissão "irrevogável", acusando o executivo liderado por Jorge Mendes de dar "desculpas de mau pagador". 
Álvaro Santos teceu duras críticas, não só á Sede Nacional, mas também à forma como Jorge Mendes conduziu este processo, realçando que as relações entre estas duas entidades "azedaram". 
Contatado, o governante não quer entrar em polémicas, apenas explica que há, neste momento, um compasso de espera até que a sede nacional da CVP nomeie a direção da gestão da obra e comece a definir um plano de trabalho. 
Contudo, Jorge Mendes realça que se, os valencianos "não forem defraudados", a autarquia honrará os compromissos financeiros assumidos com a CVP".
O autarca de Valença reage com "naturalidade" à demissão da direção e restantes orgãos administrativos da delegação de Valença da CVP, ressalvando que se trata de uma instituição autónoma à Câmara. No entanto, Jorge Mendes diz que a única preocupação prende-se com a manutenção dos serviços prestados à população, e com " a mesma qualidade".
O presidente da Câmara de Valença admite que manteve contatos e reuniões com a direção nacional da CVP, após a suspensão do financiamento do equipamento social de lar e creche a nascer na Senhora da Cabeça, e acredita que está tudo encaminhado para que o protocolo seja reativado. 
Contudo, aguarda que a direção nacional nomeie novas pessoas para a gestão da obra em curso, após a demissão em bloco da direção da delegação de Valença, e também que seja assumido que aquele serviço é para "ricos e pobres". 
Só assim, Jorge Mendes admite continuar com as subvenções, e se não forem a tempo da obra, dadas as dificuldades que as autarquias estão a sentir, então o montante que resta pagar, na ordem dos 400 mil euros, será para apoiar o funcionamento da valência.

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