sexta-feira, 20 de abril de 2012

O Valenciano Carlos Veiga é o novo presidente da ESTGOH



O docente de Engenharia Civil foi, ontem, eleito presidente da ESTGOH. O sucessor de Jorge Almeida deverá tomar posse no próximo mês de maio.

Carlos Veiga vai suceder Jorge Almeida na presidência da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH).
O arquitecto, docente da extinta licenciatura de Engenharia Civil e mestre em Engenharia Urbana, venceu em lista única a eleição realizada em sede de Assembleia de Representantes.
Um ato eleitoral que decorre da demissão de Jorge Almeida – tomou posse a 24 de março de 2010 – que deixa a presidência da escola em desagrado com o novo caminho que o Conselho Geral do IPC traçou para a escola que funciona em Oliveira do Hospital, desde 2001.
Em causa está a mudança de rumo da ESTGOH em matéria de oferta formativa, com o presidente do IPC, Rui Antunes, a defender a substituição dos atuais cursos, por novas licenciaturas na área da Saúde e a perda de autonomia da ESTGOH e consequente afetação à Escola de Tecnologias da Saúde de Coimbra.

Em cenário de novas eleições para a presidência da ESTGOH, o arquiteto Carlos Veiga foi o único a entrar na corrida e por isso a aceder à nova orientação formativa que o IPC pretende dar à escola.
Contactado pelo correiodabeiraserra.com, o presidente eleito recusou-se a prestar qualquer declaração acerca do projeto que pretende desenvolver ao leme da ESTGOH.
Apesar de já ter sido eleito, Carlos Veiga lembra que ainda não tomou posse e é preciso guardar “respeito” pelo presidente Jorge Almeida, que apesar de demissionário, ainda se encontra em exercício.
“A escola ainda tem órgãos em funcionamento e seria muito deselegante da minha parte dizer o que quer que fosse”, referiu o docente, garantido que após a tomada de posse, que deverá acontecer no decorrer do próximo mês de maio, prestará declarações acerca do seu projeto.
Sublinhe-se que a eleição de Carlos Veiga acontece numa altura em que a ESTGOH passa por um dos momentos mais conturbados da sua história. Em 2011, ao escola oliveirense assistiu ao fecho do curso de Engenharia Civil e até teve que enfrentar uma ameaça de encerramento perpetrada pelo próprio presidente do IPC.
Fatores que, por ocasião do concurso nacional de acesso ao ensino superior, muito condicionaram a entrada de novos alunos na ESTGOH, com a particularidade de muitos deles nem sequer terem efetuado matrícula. Um ano letivo que, na sua sessão de abertura oficial, ficou ainda marcado pelo evidente mau estar entre os presidentes da ESTGOH e do IPC e, de entre este último, e a própria Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.
Um mau estar que se agudizou com a intenção do IPC em alterar a oferta formativa da escola para a área da Saúde e que culminou com a demissão, no dia 16 de fevereiro, de Jorge Almeida da presidência da ESTGOH, para quem a mudança formativa deveria assentar nas energias renováveis e numa ligação direta com a BLC3.
No entanto, a mudança formativa para a área da Saúde já se configura como um dado adquirido para o presidente do IPC que, numa recente deslocação à ESTGOH, deixou claro que a ESTGOH , tal como está, “é para acabar muito rapidamente”.
in Correio da Beira Serra

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