segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Empresa municipal que gere parque empresarial de Valença vai ser extinta


A empresa municipal InterMinho, que gere o parque empresarial de Valença, vai ser dissolvida este mês em cumprimento da nova legislação sobre o setor empresarial local e os três funcionários serão requisitados pela autarquia.
A confirmação da dissolução da empresa, constituída em 2000 para adquirir, lotear e infraestruturar os terrenos do parque empresarial do concelho além da respetiva promoção, foi feita hoje à agência Lusa pelo presidente da Câmara de Valença.
"Tem três funcionários, que têm direito às indemnizações instituídas pela Lei e que serão requisitados [pela Câmara] por interesse público, durante um ano, para acompanhar o parque empresarial", explicou Jorge Mendes.
Durante o mês de fevereiro, disse ainda o autarca, será realizada uma assembleia geral da InterMinho e, de seguida, será nomeado um liquidatário da empresa, detida a 70% pela Câmara de Valença, cabendo as restantes participações à Associação de Municípios do Vale do Minho e à Associação Empresarial de Portugal.
A dissolução da empresa será feita ao abrigo da nova lei que sobre o Setor Empresarial Local, que prevê o encerramento das empresas municipais cujas despesas sejam superiores a 50% das receitas ou que registem prejuízos há mais de três anos.
"No caso da InterMinho o incumprimento é nas três áreas: Resultados líquidos e resultados operacionais [negativos] e depender em mais de 50 % da Câmara", admitiu Jorge Mendes.
Eleito pela primeira vez em 2009, o autarca acrescentou que aquela empresa é hoje um "promotor imobiliário" e que, tendo em conta os investimentos realizados no parque, "nunca consegue ter lucro" na venda dos lotes de terreno industrial.
"A empresa foi lançada, na altura, para contornar as dificuldades das câmaras municipais para lançar um parque empresarial e alavancar com algumas linhas de apoio comunitário, o que só era possível com associações empresariais como parceiros", justificou ainda.
A InterMinho conta com um património avaliado em cerca de quatro milhões de euros e tem, nesta altura, seis lotes de terreno industrial infraestruturado à venda, num total de seis hectares.
Depois da dissolução daquela empresa, a gestão do parque empresarial de Valença passará a ser feita pela Câmara Municipal.

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