quarta-feira, 21 de novembro de 2012

ESCE Valença Inova e Ensina a Aprender a ser empreendedor desde a faculdade


Todos os alunos da Escola Superior de Ciências Empresariais de Valença (ESCE) estão agora obrigados a desenvolver um plano de negócio ao longo dos três anos de licenciatura e os melhores destes serão colocados em prática.
"Substituímos o antigo modelo, em que cada docente dava trabalhos práticos. Se colocarmos o aluno a trabalhar em algo que é para o seu próprio desenvolvimento, o envolvimento será superior", explicou hoje à agência Lusa o director da escola, João Paulo Vieito.
O projecto é "transversal" a todas as disciplinas ministradas em Valença e permitirá "testar ideias", nomeadamente ao nível da viabilidade financeira, antes da implementação e com o "tempo suficiente de maturação", tornando aquele estabelecimento numa "escola de empreendedores".
Segundo a direcção da ESCE, que integra o Instituto Politécnico de Viana do Castelo, a partir deste ano lectivo "todos os estudantes que ingressam em qualquer licenciatura" estão obrigados a desenvolver um plano de negócio durante os três anos de curso, com o objectivo de "estimular o espírito de iniciativa".
Descrito como pioneiro, este projecto integra os mais de 80 alunos que começaram, neste ano lectivo, a frequentar os quatro cursos de licenciatura daquela escola, envolvendo ainda cerca de 40 docentes.
"Temos 400 alunos, mas não poderíamos arrancar logo com todos, até porque é um modelo que ainda estamos a testar. Todos os que entrarem a partir de 2012 vão ter este plano para desenvolver e os primeiros, naturalmente, serão apresentados dentro de três anos", acrescentou o director.
O objectivo passa por contrariar a "prática habitual" nas licenciaturas da área da gestão, em que os estudantes desenvolvem um plano de negócio numa unidade curricular de empreendedorismo apenas no último ano do curso ou mesmo no derradeiro semestre.
"O tempo disponível é muito curto e o que acaba por acontecer na grande maioria das vezes é que os projectos não chegam a ficar suficientemente maduros para serem implementados", reconheceu ainda João Paulo Vieito.
Agora, sublinha, passa a existir a necessidade de que os alunos "pensem numa ideia desde que entram na escola" e que a mesma seja "desenvolvida de forma integrada em cada unidade curricular".
Assim, será também uma forma de "combater o problema da empregabilidade dos jovens licenciados", já que serão "dotados" das "ferramentas necessárias para criarem o seu próprio emprego", além de permitir "dinamizar a economia regional".
Os projectos "mais promissores", já no terceiro ano, contarão com um espaço para passarem à prática, no Parque Empresarial de Valença, gerido pela Interminho, além de apoios com parcerias já estabelecidas com instituições públicas e privadas para "facilitar", por exemplo, o acesso a programas de financiamento.
in Lusa/SOL

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